Soroepidemiologia da infecção pelo Trypanosoma cruzi na zona rural do semiárido do Estado do Rio Grande do Norte, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-06

RESUMO

INTRODUÇÃO: A infecção pelo Trypanosoma cruzi foi avaliada em uma área endêmica do Estado do Rio Grande do Norte, Brasil, por inquérito soroepidemiológico amostral em moradores da zona rural. MÉTODOS: Dezesseis municípios foram sorteados, 15 da mesorregião oeste e um da central, com população estimada em 83.852 indivíduos. Foram coletadas 1.950 amostras de sangue no oeste e 390 em Caicó. A detecção de anticorpos anti-T. cruzi foi realizada usando os kits Chagatest® ELISA, HAI-hemaglutinação e a reação de imunofluorescência indireta. Nos soros com resultados indeterminados foi realizado o western blot TESAcruzi® para confirmação da reatividade. RESULTADOS: A estimativa da soroprevalência revelou 6,5% para a mesorregião oeste e 3,3% em Caicó. A soropositividade eleva-se progressivamente com a idade dos indivíduos até a quinta década de vida em Caicó e na sexta década na mesorregião oeste. Apenas o grau de escolaridade e o conhecimento do triatomíneo evidenciaram associação à soropositividade. Não foram identificados indivíduos sororreativos com idade inferior a 18 anos. CONCLUSÕES: A infecção pelo T. cruzi persiste mais elevada e concentrada em municípios da área central da mesorregião oeste, mas evidências sugerem o declínio da transmissão vetorial nessa mesorregião e em Caicó. As variáveis epidemiológicas parecem não exercer influência na soropositividade, à exceção da escolaridade e conhecimento do triatomíneo entre indivíduos sororreativos da mesorregião oeste.

ASSUNTO(S)

trypanosoma cruzi doença de chagas soroprevalência variáveis epidemiológicas

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