Sensibilização a alérgenos inalantes e alimentares em crianças brasileiras atópicas, pela determinação in vitro de IgE total e específica: Projeto Alergia (PROAL)
AUTOR(ES)
Naspitz, Charles K., Solé, Dirceu, Jacob, Cristina A., Sarinho, Emanuel, Soares, Francisco J. P., Dantas, Vera, Mallozi, Márcia C., Wandalsen, Neusa F., Borges, Wellington, Rocha Filho, Wilson, Grupo PROAL,
FONTE
Jornal de Pediatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004-06
RESUMO
OBJETIVO: Determinar a freqüência de sensibilização a alérgenos inalantes e alimentares em crianças atendidas em serviços brasileiros de alergia. PACIENTES E MÉTODOS: IgE sérica total e específica (RAST) a alérgenos inalantes e alimentares (UniCAP® - Pharmacia) foram determinados em 457 crianças acompanhadas em serviços de alergia pediátrica e em um grupo de controles (n = 62). Resultados classe igual ou maior que 1 foram considerados positivos (R+). RESULTADOS: A freqüência de R+ foi significantemente maior entre os atópicos (361/457, 79%) quando comparados aos controles (16/62, 25,8%). Não houve diferenças quanto ao sexo. A prevalência de R+ entre os atópicos foi significantemente maior para todos os alérgenos avaliados. Os níveis séricos de IgE total foram significantemente mais elevados entre os atópicos com R+ quando comparados aos com R-. Comparando-se atópicos e controles, a freqüência de R+ para os principais alérgenos inalantes foi como segue: D. pteronyssinus = 66,7 versus 14,5% (p < 0,05), D. farinae = 64,5 versus 17,8% (p < 0,05), B. tropicalis = 55,2 versus 19,4% (p < 0,05), barata = 32,8 versus 9,7% (p < 0,05) e gato = 12 versus 8,1%. Com os alimentos, observou-se: peixe = 29,5 versus 11,3% (p < 0,05), ovo = 24,4 versus 4,8% (p < 0,05), leite de vaca = 23,1 versus 3,2% (p < 0,05), trigo = 20 versus 8,1% (p < 0,05), amendoim = 14 versus 4,8% (p < 0,05), soja = 11,8 versus 4,8% (p < 0,05) e milho = 10,6 versus 4,8% (p < 0,05). Segundo a idade, os R+ aos alimentares predominaram entre as crianças mais jovens, e o inverso ocorreu com os inalantes. CONCLUSÕES: Nesta população, predominou a sensibilização aos aeroalérgenos, sobretudo aos ácaros domiciliares, e os alimentos foram importantes em crianças mais jovens.
ASSUNTO(S)
alergia alérgeno ige ácaro alimento
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