SeguranÃa alimentar de produtos derivados de milho consumidos em Cascavel-PR. / Food safety of corn derivates consumed in Cascavel - PR

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/07/2011

RESUMO

O milho (Zea mays L.) contribui de forma significativa para a alimentaÃÃo do ser humano, em virtude de suas caracterÃsticas nutricionais. Em contrapartida, estas mesmas caracterÃsticas tambÃm favorecem o crescimento de determinados fungos, os quais, durante seu metabolismo secundÃrio, produzem compostos tÃxicos denominados micotoxinas. Dentre as micotoxinas encontradas com maior frequÃncia em grÃos de milho e produtos derivados, estÃo as aflatoxinas B1, B2, G1 e G2, classificadas como substÃncias carcinogÃnicas para o ser humano e tambÃm para animais. Considerando a diversidade de subprodutos oriundos deste grÃo, e que a maioria està presente diariamente na mesa da populaÃÃo brasileira, este trabalho teve por objetivo avaliar a seguranÃa alimentar de produtos derivados de milho comercializados no municÃpio de Cascavel â ParanÃ, com Ãnfase em identificar o risco de exposiÃÃo desta populaÃÃo Ãs aflatoxinas. Inicialmente foi realizado um inquÃrito populacional para verificar quais sÃo os produtos derivados de milho mais consumidos no municÃpio de Cascavel â ParanÃ, por meio da aplicaÃÃo de um questionÃrio à populaÃÃo deste municÃpio, estratificada em quatro categorias: crianÃas (2 a 9 anos), adolescentes (10 a 18 anos), jovens/adultos (19 a 59 anos) e idosos (60 anos ou mais). O municÃpio foi dividido em cinco quadrantes geogrÃficos (leste, oeste, norte, sul e centro), e em cada uma das regiÃes foi selecionado, de maneira aleatÃria, um supermercado de grande porte, definido entÃo como o local para aplicaÃÃo dos questionÃrios. ApÃs a finalizaÃÃo do inquÃrito populacional, foram coletadas quatro amostras de cada um dos trÃs produtos derivados de milho mais consumidos no municÃpio. Estas amostras foram submetidas a testes de qualidade microbiolÃgica (contagem de fungos), fÃsico-quÃmica (umidade, cinzas, acidez, teor de proteÃnas e lipÃdios) e toxicolÃgica (identificaÃÃo e quantificaÃÃo de aflatoxina B1, B2, G1 e G2). ApÃs o tÃrmino destas anÃlises, estimou-se a IngestÃo DiÃria ProvÃvel MÃdia (IDPM) para AFB1, com o objetivo de verificar se a populaÃÃo estava exposta aos malefÃcios ocasionados pela ingestÃo deste composto. A partir do inquÃrito populacional, identificou-se que os produtos derivados de milho mais consumidos no municÃpio eram o fubÃ, a pipoca e o amido de milho. Os ensaios microbiolÃgicos realizado nestas amostras nÃo puderam ser analisados como parÃmetro indicador de qualidade destes produtos, tendo em vista a ausÃncia de uma legislaÃÃo em vigÃncia quanto a este aspecto, porÃm, salienta-se que nas culturas de fubà foram visualizadas culturas semelhantes a leveduras, enquanto que, nas culturas de pipoca, verificou-se a presenÃa de colÃnias de fungos semelhantes ao gÃnero Aspergillus. Os ensaios fÃsico-quÃmicos identificaram que todas as amostras estavam adequadas para o consumo humano, quanto aos aspectos avaliados. Quanto à presenÃa de aflatoxinas, o subgrupo B1 foi detectado somente em uma amostra de amido de milho, na concentraÃÃo de 1 μg/kg, ou seja, quantidade inferior ao limite preconizado pela legislaÃÃo vigente. Na anÃlise de risco, estimou-se a IDPM de AFBI para todas as categorias populacionais analisadas, e o pÃblico identificado como eminentemente em risco foram as crianÃas, com IDPM variando de 0,0963 a 0,1438 ng/kg peso corpÃreo/dia. Concluiu-se que, mesmo em populaÃÃes que adquiram produtos com baixa incidÃncia e quantidade de aflatoxinas, o risco quanto aos malefÃcios deste composto deve ser periodicamente observado, tendo em vista que neste estudo apenas uma amostra foi positiva para AFB1, entretanto, a IDPM para as crianÃas foi considerada limÃtrofe.

ASSUNTO(S)

aflatoxina inquÃrito alimentar anÃlise de risco aflatoxin food inquiry risk analysis engenharia agricola

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