Satisfação no trabalho de docentes de uma instituição pública de ensino superior : reflexos na qualidade de vida / Job satisfaction of a public university professors: reflections in the quality of life

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

07/04/2011

RESUMO

A satisfação no trabalho tem sido apontada como um componente da satisfação com a vida e constitui um estado emocional resultante da interação de profissionais, suas características pessoais, valores e expectativas com o ambiente e a organização do trabalho, podendo influenciar a qualidade de vida. Foi objetivo geral analisar a satisfação no trabalho e seu reflexo na qualidade de vida de docentes da área da saúde de uma instituição pública de ensino superior. Estudo transversal, descritivo e exploratório, realizado com docentes da área da saúde de uma instituição pública de ensino superior da cidade de Goiânia/Goiás. A coleta de dados foi realizada por meio do Questionário Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36) e do Questionário de Satisfação no Trabalho (S20/23). Para analisar os dados, utilizaram-se a análise descritiva simples, o teste Qui-Quadrado de Pearson e o Coeficiente de Correlação de Pearson. Foram entrevistados 108 docentes de cinco unidades acadêmicas da área da saúde, maioria mulher (68,5%), casada (69,4%), com filhos (70,4%) e idade média de 44,24 9,3 anos. A média global da satisfação foi 3,62 (escala de cinco pontos) e as médias dos fatores Satisfação com as Relações Hierárquicas, Satisfação com o Ambiente Físico de Trabalho e Satisfação Intrínseca do Trabalho foram 3,66, 3,30 e 3,99, respectivamente. Dentre os itens destacaram-se o ambiente e espaço físico de trabalho com o menor grau de satisfação, e o trabalho enquanto fator de realização com o maior grau. A satisfação parcial / indiferença com o trabalho apontada pelos docentes, nessa amostra, indica a necessidade de um despertar da instituição e de se realizar novas pesquisas direcionadas para a temática. Selecionando a totalidade de docentes de duas unidades acadêmicas, n=66, maioria mulher (95,5%), casada (66,7%), com filhos (63,6%) e média de idade 43,64 9,58 anos, a média de satisfação global foi 3,64 e a média dos fatores variou entre 3,45 e 3,93. Na avaliação da qualidade de vida desse grupo, o escore dos domínios variou de 51,53 (Vitalidade) a 83,00 (Capacidade Funcional). O menor escore foi reflexo principalmente da sobrecarga de atividades e cansaço referido pelos docentes, principalmente por aqueles com maior titulação. O item do S20/23 de maior satisfação referida pelos docentes foi o trabalho enquanto fator de realização e o de maior insatisfação foi o ambiente e espaço físico de trabalho. O fator Satisfação Intrínseca do Trabalho do S20/23 apresentou correlação positiva com os domínios Limitações por Aspectos Físicos, Aspectos Sociais e Limitações por Aspectos Emocionais do SF-36. Conclui-se que os docentes dessas duas unidades valorizam seu trabalho como fator de realização, pois lhes é permitido fazer coisas das quais gostam e se destacam. A insatisfação reforça a necessidade de buscar instâncias superiores e identificar o que é possível fazer para minimizá-la. A distribuição equânime de atividades pode ser alternativa para otimizar o trabalho do grupo estudado. A satisfação no trabalho reflete na qualidade de vida que, por sua vez, acaba por influenciar novamente na satisfação no trabalho, sendo assim, responsabilidade conjunta de gestores e docentes.

ASSUNTO(S)

qualidade de vida satisfação no trabalho docentes educação em saúde enfermagem enfermagem quality of life job satisfaction faculty health education nursing

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