Revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea em idosos: análise da morbidade e mortalidade

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-03

RESUMO

OBJETIVO: Analisar a evolução intra-hospitalar de doentes com 70 anos de idade ou mais, submetidos a revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea, com uso de shunt intracoronário, operados na urgência, emergência e eletivamente. MÉTODOS: Foram submetidos à cirurgia 87 doentes com idade entre 70 e 92 anos de julho de 1989 a julho de 2005. Dos 87 doentes, 50 (57,5%) eram portadores de angina instável, sendo três (3,4%) na vigência de infarto agudo do miocárdio. Foram operados em caráter de emergência e urgência 31 (35,6%) doentes. De todo o grupo, havia 13 (14,9%) doentes com infarto ocorrido em até 30 dias e 34 (39,1%) com infarto ocorrido há mais de 30 dias. RESULTADOS: As complicações mais freqüentes foram: fibrilação atrial (32,2%), insuficiência cardíaca congestiva (12,6%), broncopneumonia (10,3%), sepse (3,4%), infarto agudo do miocárdio peri-operatório (2,3%), mediastinite (1,1%), acidente isquêmico transitório (1,1%), pneumotórax (1,1%). O tempo médio de intubação foi de 18,50±19,09 horas; permanência em UTI, 2,92±2,03 dias, e hospitalar, 10,55±7,16 dias. Apenas nove (10,3%) doentes receberam concentrado de hemácias no pós-operatório e nenhum foi reoperado por sangramento. A mortalidade hospitalar foi de 4,6%. CONCLUSÃO: Em doentes acima de 70 anos, operados na emergência, urgência e eletivamente, a revascularização do miocárdio sem extracorpórea com shunt intracoronário apresentou adequada evolução pós-operatória e baixos índices de complicações e mortalidade em relação à população estudada.

ASSUNTO(S)

revascularização miocárdica idoso coronariopatia mortalidade hospitalar complicações pós-operatórias

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