Revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea em pacientes submetidos à hemodiálise

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-03

RESUMO

OBJETIVO: Analisar evolução hospitalar dos pacientes portadores de insuficiência renal crônica (IRC) em hemodiálise, submetidos a operação sem circulação extracorpórea (CEC). MÉTODO: Cinqüenta e um pacientes portadores de IRC foram submetidos à operação sem CEC. A hemodiálise foi realizada no dia anterior à operação e no dia seguinte. A revascularização do miocárdio foi realizada com ponto de LIMA e estabilizador por sucção. RESULTADOS: A idade média foi de 61,28±11,09 anos e 31 (58,8%) pacientes eram do sexo feminino. A classe funcional predominante foi a IV em 21 (41,1%) dos pacientes. A fração de ejeção do ventrículo esquerdo era ruim em 21 (41,1%) pacientes. O EUROSCORE médio desta série de pacientes foi de 7,65±3,83. O número médio de artérias coronárias revascularizadas foi de 3,1±0,78 por paciente. O tempo médio de ventilação mecânica foi de 3,78±4,35 horas. A permanência média na CTI foi de 41,9±13,8 horas, enquanto a média de permanência hospitalar foi de 6,5±1,31 dias. Quanto às complicações, nove (17,6%) pacientes desenvolveram FA e um (1,9%) apresentou quadro de AVC isquêmico, com boa recuperação durante a internação. Não houve óbito nesta série. CONCLUSÃO: Pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise sempre foram uma população de alto risco para revascularização do miocárdio. A ausência de CEC, aparentemente, cursa com baixos índices de morbi-mortalidade nesta população.

ASSUNTO(S)

revascularização miocárdica insuficiência renal crônica diálise renal

Documentos Relacionados