Resistência ao arrancamento de grampos em solo residual de gnaisse / Pullout resistance of nails in gneiss residual soil

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/12/2010

RESUMO

A adoção da técnica de solo grampeado no projeto de contenção de taludes ou escavações vem sendo cada vez mais freqüente, com isto se faz necessário um maior numero de estudos sobre a estimativa da resistência ao arrancamento (qs) em função de parâmetros de ensaios de campo para os mais variados tipos de solos brasileiros. O objetivo desta pesquisa foi propor correlações para a estimativa de qs em função de ensaios de campo, e também comparar os valores encontrados nos ensaios de arrancamento com estimados em formulações existentes. O estudo foi realizado em um talude de solo residual jovem de origem gnáissica, Viçosa MG. No campo efetuaram-se os ensaios de penetração (SPT), sondagem pressiometrica de Ménard (PMT), sondagem dilatometrica de Marchetti (DMT) e ensaios de arrancamento em 12 grampos, confeccionados somente com a bainha. A montagem do sistema de arrancamento foi diferente da proposta por outros autores e se mostrou eficaz. Os valores de qs obtidos nos ensaios de arrancamento e os encontrados pelas correlações existentes para cada grampo foram comparados através de estatísticas adequadas para cada análise. Os parâmetros dos ensaios de campo utilizados nas correlações propostas Nspt, PL, e p0, foram determinados pela média de suas magnitudes ao longo dos grampos. As resistências ao arrancamento encontrada para cada grampo e os parâmetros obtidos nos ensaios de campo foram plotados em gráficos de dispersão nos quais se aplicaram regressões lineares e não-lineares no intuito de avaliar qual modelo matemático se adequou melhor a cada proposição. Para a correlação qs x Nspt o modelo logarítmico apresentou maior coeficiente de correlação (R2) e significância estatística (p<0,05), na relação qs x p0 a forma quadrática obteve maior R2, porém o comportamento da curva não foi condizente com o do solo, sendo realizada a opção pelo modelo logarítmico que se mostrou altamente significante (p<0,01). Já a correlação qs X PL não apresentou nenhum modelo estatisticamente significante e a escolha do formato da curva linear foi baseada no comportamento do solo, mesmo não apresentando o maior valor de R2. Quanto às correlações propostas conclui-se que podem ser utilizadas como estimativa inicial de projeto sendo imprescindível a execução de ensaios de arrancamento para comprovar a segurança quanto aos valores de qs adotados.

ASSUNTO(S)

resistência ao arrancamento ensaio de arrancamento solo grampeado geotecnica soil nailing pullout test pullout resistance

Documentos Relacionados