Representações sociais de médicos obstetras e neonatologistas sobre declaração de óbito fetal e neonatal precoce no município de São Paulo
AUTOR(ES)
Schoeps, Daniela, Lefevre, Fernando, Silva, Zilda Pereira, Novaes, Hillegonda Maria Dutilh, Raspantini, Priscila Ribeiro, Almeida, Márcia Furquim de
FONTE
Rev. bras. epidemiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-03
RESUMO
INTRODUÇÃO: A completitude insatisfatória de algumas variáveis da Declaração de Óbito (DO) dificulta a obtenção de indicadores específicos de mortalidade perinatal. OBJETIVO: Avaliar a representação social dos médicos sobre as DOs perinatais. MÉTODOS: Foram entrevistados 25 médicos em 15 hospitais, no município de São Paulo, em 2009. Foi realizada análise qualitativa com a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). RESULTADOS: Grande parte dos médicos vê a DO sob o seu aspecto legal e dá ênfase ao preenchimento da causa de morte em detrimento de outras variáveis. A maioria dos médicos relatou receber auxílio de outros profissionais para preenchimento das informações de identificação e características maternas. Nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS), a ausência de informações sobre a evolução da gestação dificulta a definição da causa do óbito perinatal. Parte dos entrevistados recebeu treinamento apenas durante a graduação em medicina. CONCLUSÕES: A organização e a rotina do trabalho médico podem afetar o preenchimento da DO. Principalmente nos hospitais do SUS, foi observada colaboração de enfermeiros e profissionais do setor administrativo, cujo treinamento para preenchimento do documento poderia aprimorar a qualidade das informações.
ASSUNTO(S)
sistemas de informação declaração de óbito representação social registros médicos qualidade da informação mortalidade perinatal
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