Determinantes da mortalidade neonatal e pós-neonatal no Município de São Paulo

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Epidemiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: Nos países em desenvolvimento, nos anos 90, a mortalidade na infância (de menores de cinco anos) apresentou declínio proporcional maior do que o da mortalidade infantil. Para a redução da mortalidade na infância, deve-se entender, logo, os determinantes da mortalidade infantil. MATERIAL E MÉTODOS: Relacionou-se probabilisticamente dados do SIM e do SINASC: 209628 nascidos vivos e 3842 óbitos infantis do Município de São Paulo, coorte de 1998. Utilizou-se regressão logística para analisar fatores de risco da mortalidade neonatal e pós-neonatal: peso ao nascer, idade gestacional, escores Apgar ao primeiro e quinto minuto, tipo de parto, pluralidade, sexo, educação e idade da mãe, número de perdas anteriores, número de consultas pré-natal, raça, parturição e desenvolvimento da comunidade. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Filhos de mães mais velhas apresentaram menor risco de morte neonatal, e, de mães adolescentes, maior risco de morte na infância. Associação significativa foi encontrada entre parturição acima de três e morte pós-neonatal. Não houve associação de parto cesáreo e mortalidade infantil. Houve associação entre morte neonatal e número baixo de visitas pré-natal, baixo peso ao nascer, nascimento de pré-termo e escores Apgar baixos; e entre morte pós-neonatal e número baixo de visitas pré-natal, baixo peso ao nascer, e escores Apgar baixos. A associação de residência da mãe numa comunidade mais desenvolvida e sobrevivência infantil sugere que fatores não controlados estão por trás deste resultado.

ASSUNTO(S)

mortalidade neonatal mortalidade pós-neonatal município de são paulo fatores de risco

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