Registros documentais no cinema da Revolução Mexicana

AUTOR(ES)
FONTE

História (São Paulo)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Este artigo pretende focar as relações entre cinema e história nas duas primeiras décadas do século XX no México. O cinema foi apresentado pela primeira vez no país em uma sessão dedicada a Porfirio Díaz. Percebendo seu potencial propagandístico, o ditador logo se converteria na primeira grande estrela do cinema mexicano. O cinema forjava-se como "documento histórico" stricto sensu, num registro da verdade inquestionável. A Revolução redefiniu seu papel, registrando a ebulição pela qual passava a sociedade em documentários que se distanciavam do mero aspecto da curiosidade espetacular para atingir uma verdadeira presença do realizador junto ao cenário político nacional. O desdobramento da Revolução, com a superação da fase insurrecional, e o processo de domesticação do discurso revolucionário no âmbito oficial acabaram por esvaziar o teor de contestação das imagens documentais. A imagem do corpo de Zapata assassinado, que circulou pelo território nacional, é um emblema deste projeto.

ASSUNTO(S)

cinema história revolução mexicana

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