Reestenose Clínica de Stent Coronariano: Seguimento após Tratamento com Análise de Desfechos Clínicos

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Cardiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

03/02/2015

RESUMO

Fundamento: A Reestenose Intrastent Clínica (RISC) é a principal limitação da angioplastia coronariana com implante de stent. Objetivo: Descrever as características clínicas e angiográficas da RISC e os desfechos em seguimento de pelo menos doze meses após seu diagnóstico e tratamento. Métodos: Em 110 pacientes consecutivos com RISC, analisaram-se a apresentação clínica, as características angiográficas, o tratamento e os desfechos primário combinado (morte cardiovascular, Infarto Agudo Miocárdio não fatal [IAM]) e secundário combinado (angina instável com internação, revascularização de vaso alvo e lesão alvo) em seguimento mínimo de um ano. Resultados: A média de idade da amostra foi de 61 ± 11 anos (68,2% do sexo masculino). A apresentação clínica foi como Síndrome Coronariana Aguda (SCA) em 62,7%, com RIS proliferativa em 34,5% dos casos. O tratamento realizado foi o implante de Stent Farmacológico (SF) em 36,4%; de Stent Não Farmacológico (SNF) em 23,6%; cirurgia de revascularização em 18,2%; angioplastia por balão em 15,5%; e tratamento clínico em 6,4%. Com seguimento mediano de 19,7 meses, o desfecho primário ocorreu em 18 pacientes, com seis (5,5%) óbitos e 13 (11,8%) IAM, e o secundário em 24 pacientes. Foram preditores de desfecho primário a RISC em SF (HR = 4,36; [1,44 - 12,85], p = 0,009) e o tratamento clínico da RISC (HR = 10,66, [2,53 - 44,87], p = 0,001). O tratamento da RISC com SNF (HR = 4,08 [1,75 - 9,48], p = 0,001) e tratamento clínico (HR = 6,29 [1,35 - 29,38], p = 0,019) foram preditores do desfecho secundário. Conclusão: A RISC se apresenta como SCA na maioria dos casos e os pacientes apresentam elevada frequência de eventos adversos durante o seguimento de médio prazo.

ASSUNTO(S)

infarto do miocárdio stents oclusão de enxerto vascular reestenose coronária isquemia miocárdica

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