Rastreamento da isquemia miorcárdica silenciosa em pacientes com diabetes mellitus

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-03

RESUMO

A prevalência do diabetes mellitus está crescendo de forma importante, em especial nos países em desenvolvimento. A isquemia miocárdica silenciosa (IMS) é mais freqüente em diabéticos. Ainda, o diabetes é um forte fator de risco cardiovascular, sendo que, com freqüência, leva a graves complicações cardiovasculares. A doença arterial coronariana (DAC) é a principal causa de morte em pacientes com diabetes. Os progressos alcançados na detecção e tratamento da DAC permitem considerar o rastreamento da IMS, na expectativa de que o diagnóstico precoce levaria a terapias mais efetivas e a redução das complicações cardiovasculares e da mortalidade. Entretanto, o benefício do rastreamento sistemático da IMS permanece discutível. Recomendações atuais sugerem o rastreamento em pacientes diabéticos assintomáticos selecionados por possuírem alto risco cardiovascular (ex. dois ou mais marcadores de risco, ou doença arterial periférica ou doença arterial das carótidas, ou proteinúria). O ECG de stress pode ser considerado como teste inicial se a freqüência cardíaca máxima for atingida. Nos pacientes com este teste inconclusivo, a cintilografia do miocárdio parece ter mais acurácia diagnóstica do que o ecocardiograma de stress. A angiografia coronariana deve ser indicada em casos com teste de stress positivo. Avaliações futuras do rastreamento sistemático devem ser conduzidas em estudos randomizados multicênctricos.

ASSUNTO(S)

diabetes mellitus isquemia miocárdica silenciosa doença arterial coronariana ecocoardiografia de stress cintilografia do miocárdio

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