Que os parques possam ser a nossa casa - a luta pela recategorização da Estação Ecológica da Juréia-Itatins / Let the parks be our homes: the fight for the re-categorization of Ecological Station of Jureia-Itatins

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/10/2011

RESUMO

O debate entre preservacionistas e conservacionistas sempre esteve presente na definição de estratégias de conservação baseadas na criação e gestão de áreas naturais protegidas. No Brasil, as Unidades de Conservação apresentam, desde suas origens até os dias atuais, muitas mudanças de orientação, principalmente na relação entre órgãos gestores e populações locais. Tais mudanças vão desde as medidas violentas em nome da preservação até a gestão participativa dessas áreas. No entanto, em muitos casos os atores locais têm dificuldades de exercer uma participação efetiva, sobretudo na tomada de decisão, pelo predomínio da perspectiva preservacionista no debate. A área de estudo desta pesquisa é a Estação Ecológica da Juréia Itatins, Unidade de Conservação de Proteção Integral, localizada entre o litoral sul paulista e o Vale do Ribeira, com a presença de populações humanas em seu interior. Estas populações há mais de 20 anos lutam contra o modelo preservacionista, buscando a recategorização de algumas áreas para Reservas de Desenvolvimento Sustentável, que permitiriam conciliar a permanência humana e a conservação dos recursos naturais. A presente pesquisa teve por objetivo acompanhar a arena dessa disputa em torno da implantação do primeiro mosaico da Juréia Itatins, e as articulações que se seguiram após sua anulação judicial, para a criação do novo mosaico, principalmente relacionadas à participação social na tomada de decisão. Dentre os métodos de pesquisa foi utilizada a abordagem da Análise Situacional, tendo o conceito de arena como eixo para integração dos dados. Também foram aplicadas entrevistas e realizada observação participante. Constatou-se que posturas preservacionistas ainda prevalecem na tomada de decisão. O conseqüente não envolvimento efetivo dos atores locais na definição do traçado das UCs do novo mosaico, pode perpetuar alguns conflitos que impedem a real conservação da área. As Unidades de Conservação podem exercer um significativo papel em nosso contexto de sociedade rumo à reapropriação social da natureza e construção de sociedades sustentáveis, aliando conhecimento técnico e popular em torno de um objetivo comum.

ASSUNTO(S)

Áreas de conservação conservation areas ecologia ecology educação ambiental environmental education environmental management gestão ambiental gestão participativa juréia-itatins (sp) juréia-itatins (sp) parks parques participatory management sustainability. sustentabilidade.

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