Programa de Inclusão Digital (PID) no ensino fundamental em São Carlos (SP) : mudanças e permanências com a chegada dos netbooks

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/03/2012

RESUMO

A escola está inserida em uma sociedade da informação marcada pelas constantes atualizações e inovações do mundo tecnológico que colocam a cada dia novas demandas para seus professores. Autores como Valente, Barreto, Kenski, Beloni, Lima, Mônaco, Medeiros, entre outros, contribuem para a compreensão da inserção e do uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) em situações de ensino aprendizagem no contexto escolar. Nossa pesquisa insere-se nessa área e intenta responder ao seguinte questionamento: De que maneira professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental e professor de informática compreendem o Programa de Inclusão Digital (PID) e experimentam a entrada de netbooks na escola? Participaram da pesquisa professores regulares do 5 ano do Ensino Fundamental e um professor de informática de uma Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) de São Carlos SP. Como fonte de dados foram utilizados registros de observações feitos em um diário de campo, respostas dadas a entrevistas e questionários respondidos pelos professores participantes da pesquisa e também pelos responsáveis pelo PID nas instituições que o coordenam. Os dados recolhidos foram abordados de maneira qualitativa com delineamento descritivo explicativo, conforme define Gil. Com a análise dos dados coletados, procuramos estabelecer relações e captar a perspectiva dos participantes participantes da investigação. Constatamos que os docentes possuem um discurso que vai ao encontro do que os teóricos e pesquisadores defendem quando se fala sobre inclusão digital, mas isso não implica que relacionem esse discurso aos objetivos do PID. Foram raras as situações nas quais esses professores tentaram fazer aproximações entre o cotidiano da turma e as aulas do PID. Afirmam acreditar que novas possibilidades entram em cena com a utilização do laboratório de informática e seus recursos e expressam expectativas de tornarem as aulas mais dinâmicas e interativas. Na aula do PID na sala de informática evidenciase que esses profissionais não se veem como parte desta na relação com os estudantes, conteúdos e recursos tecnológicos, a não ser como um agente fiscalizador que deve manter a ordem e a disciplina dos alunos. Ressaltamos que o PID encontra-se em desenvolvimento e aprimoramento, ou seja, as estruturas e práticas observadas por nós estão passando por um processo de modificação e adaptação, visto que os dados se referem a uma única escola e ao primeiro semestre do projeto. Este trabalho espera se juntar a outras investigações visando contribuir para a compreensão de experiências envolvendo as escolas, os professores e as novas tecnologias e subsidiar a elaboração e implementação de políticas com os docentes e não para eles. Este se constitui possivelmente no maior dos nossos desafios.

ASSUNTO(S)

educação inclusão digital informática na educação professores - formação ensino fundamental educacao

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