Políticas públicas de educação nos presídios : O papel do pedagogo em novos espaços como agente de transformação social.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/08/2009

RESUMO

Uma nova estrutura se firma na sociedade, exigindo profissionais cada vez mais qualificados e preparados para atuar em um cenário competitivo. A educação em outros espaços confirma esta discussão, dada a necessidade de o pedagogo sair do espaço escolar para se inserir em novos espaços tais como penitenciárias, empresas, hospitais, ONGs, associações, igrejas, eventos, emissoras de transmissão (rádio e TV), até então restritos a outros profissionais. Esta atual realidade vem quebrando preconceitos e idéias de que o pedagogo estaria restrito a uma sala de aula, pois onde houver uma prática educativa, existe uma ação pedagógica. Atualmente, tendo em vista a relevância da discussão e da carência de investigação sobre o assunto, bem como a necessidade de institucionalização de políticas públicas que consolidem as práticas escolares no sistema carcerário, pela pesquisa buscou-se a concretização do objetivo geral: identificar a atuação do pedagogo nas práticas sócio-educativas em uma penitenciária no município de Unaí-MG. Este foi um estudo qualitativo de caráter exploratório. O levantamento dos dados foi por meio de fontes primárias e secundárias. No caso da primeira, foi usada a técnica de entrevista semi-estruturada com o diretor da área de ressocialização da penitenciária, com pedagogos, professores, a Juíza de Direito e os alunos presos que também responderam ao questionário. Quanto às fontes secundárias foi análise documental do projeto político pedagógico, regimento, calendário e dos projetos sócio-educativos. Os resultados evidenciaram que a educação na penitenciária de Unaí-MG tem sido muito importante para os presos, até mais que o trabalho. Percebeu-se também que o pedagogo tem um papel muito significativo nesse espaço como agente de transformação social na visão do diretor da área de ressocialização, da juíza da área de execução Penal e dos professores. Uma necessidade diagnosticada é que o pedagogo defina melhor sua atuação nesse espaço para que os alunos compreendam o que o pedagogo faz, pois muitos elogiaram sem saber sua real função. As práticas sócio-educativas são desenvolvidas constantemente e têm proporcionado a motivação e auto-estima dos presos. O processo de ressocialização ainda é desafiador, pois, embora os sujeitos da pesquisa acreditem nessa possibilidade, isto depende de um trabalho de conscientização na sociedade para que o preconceito não determine a vida do ex-presidiário

ASSUNTO(S)

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