Percepções de infância de crianças negras por professoras de educação infantil

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/02/2012

RESUMO

A pesquisa busca compreender percepções de infância de crianças negras, desveladas nos processos de formar-se professora de Educação Infantil. Para tanto, é apresenta breve reflexão para contextualizar formação da pesquisadora como negra, mulher, militante e professora de Educação Infantil. Na seqüência é feito um histórico da instituição de Educação Infantil afeta a uma universidade federal em que as colaboradoras da pesquisa atuam, buscando desenvolver trabalho que combata as visões distorcidas sobre os negros/as e as desigualdades vivenciadas por negros/as. A questão orientadora da pesquisa é: Que percepções de infância de crianças negras revelam professoras de Educação Infantil a partir de suas experiências de formação. As referências teóricas elaboradas com o propósito de discorrerem sobre entendimentos e compreensões relativos a: totalidade, percepções, horizonte, Educação Infantil, experiência de formar-se professora, crianças e infâncias. A postura metodológica foi construída com inspirações na Fenomenologia e o auxílio de filosofia de raiz africana. Os dados foram coletados por meio de conversas aprofundadas com três colaboradoras que são professoras de Educação Infantil com mais de quinze anos de profissão que cujo trabalho tem evidenciado compromisso com a educação das relações étnico-raciais. Os dados foram coletados por meio de conversas aprofundadas, na qual foram identificadas as unidades de significados e as mesmas unidades desvelam temas que são agrupados em dimensões. Com a análise dos dados identificaram-se dimensões em que a percepções de crianças negras se traduzem em: tempo um formador, formando-se para e na Educação Infantil, vivências da própria infância, a infância negra negação e dúvida, criança negra presente, criança branca ausente percepções e sentimentos racializados, e por fim, negros marcos e marcas brancas. Revelam que na formação as professoras aprenderam técnicas de educar para as relações étnico-raciais, porém, continuam percebendo a infância de crianças negras de forma estereotipada e eurocentrada. Nas considerações finais são tecidas compreensões acerca da concepção de tempo de educar para e nas relações étnico-raciais, com questionamentos acerca das compreensões de infância pautada, em valores eurocentrados, fica sublinhado que são as crianças negras quem conduzem as professoras a buscarem conhecimentos sobre os negros/as, e que, a infância de crianças negras se perpetua como fragmentos distorcidos por uma atmosfera de racismo e desigualdades.

ASSUNTO(S)

educação infantil crianças negras infância percepção educacao childhood black children childhood education teachers perceptions

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