Opções de enxerto para fístula bráquio-axilar: resultados comparativos em um ano de seguimento

AUTOR(ES)
FONTE

J. vasc. bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-06

RESUMO

CONTEXTO: Há inúmeros pacientes renais crônicos sem veias autólogas nos membros superiores para confecção de fístulas arteriovenosas para realização de hemodiálise. As opções de fístula nestes pacientes devem ser avaliadas e comparadas.OBJETIVO: Comparar diferentes enxertos para acesso braquioaxilar em pacientes hemodialíticos, em relação a permeabilidade e taxas de complicação.MÉTODO: Um grupo de 49 pacientes, sem alterações no sistema arterial e sem opções venosas para criação de fístula arteriovenosa no braço e/ou antebraço, foi submetido a procedimentos cirúrgicos para implante de diferentes enxertos: veia safena autóloga, enxertos de PTFE e PROPATEN(r).RESULTADOS: Os quatro primeiros implantes de veia safena falharam no terceiro e no sexto mês após a cirurgia. Interrompeu-se o uso de veia safena autóloga no início do estudo pela extrema dificuldade de punção e pela formação de hematoma. Não houve diferenças nas taxas de falha dos enxertos de PTFE e PROPATEN(r) após três (p = 0,559), seis (p = 0,920) e 12 meses (p = 0,514) de seguimento. O teste de Logrank aplicado à sobrevida cumulativa dos enxertos por um ano (0,68 para PTFE; 0,79 para PROPATEN(r)) não relevou diferenças (p = 0,938). Não foram encontradas diferenças entre os enxertos prostéticos em relação ao tipo de complicação que determinou as falhas.CONCLUSÃO: O enxerto de veia safena autóloga parece não ser é uma boa opção para acesso braquioaxilar em hemodialíticos, já que implica em dificuldade na punção. Os enxertos de PTFE e PROPATEN(r) em fistula braquioaxilar resultaram em permeabilidade e taxas de complicações similares. Estudos com amostras maiores são necessários para confirmar nossos achados.

ASSUNTO(S)

fístula arteriovenosa diálise renal veia safena politetrafluoretileno heparina

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