Obtençao e caracterização de membranas de PLDLA em aplicação como protese para regeneração nervosa periferica / Obtention and characterization of PLDLA membranes for application as peripheral nervous regenation prosthesis

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Nas últimas décadas, polímeros biorreabsorvíveis têm sido utilizados em experimentos biomédicos a fim de buscar materiais com propriedades físicas e mecânicas cada vez mais adequados para a sua aplicação no corpo humano. Com intuito de obter um material polimérico adequado para aplicação como prótese tubular para regeneração do nervo ciático, estudou-se a obtenção e caracterização de tubos biorreabsorvíveis de poli(L-co-D,L-ácido láctico), PLDLA, preparados a partir de membranas obtidas por evaporação de solvente. As membranas foram submetidas à degradação in vitro e os tubos foram implantados através da técnica de tubulização do nervo ciático em ratos Spreague Dawley. Os processos de degradação in vitro e in vivo foram acompanhados por calorimetria diferencial de varredura (DSC), microscopia eletrônica de varredura (MEV), análise termogravimétrica (TGA), cromatografia de permeação a gel (GPC), ensaio mecânico e microscopia óptica (MO). Dados de DSC mostraram que o PLDLA é amorfo apresentando uma Tg de 60°C. A temperatura de início de degradação foi de 340°C, como pode ser verificado por TGA. Tanto as análises de DSC quanto às análises de TGA, mostraram que o processo de degradação in vitro foi mais rápido que a degradação in vivo, considerando o período de tempo estudado. Os dados obtidos por GPC confirmaram esses resultados e mostraram que as amostras começam a degradar a partir da segunda semana, apresentando nítida degradação após 16 semanas. As micrografias a partir de MEV mostraram que antes da degradação, as membranas de PLDLA eram densas, sem presença de poros. Apesar de se verificar indícios de degradação a partir de 2 semanas, somente a partir da 16 semanas verificou-se um nítido aumento da quantidade de poros e trincas na superfície da fratura, enquanto para os tubos, as micrografias mostraram que o processo de degradação foi mais acelerado no início, comparado com as membranas. O ensaio mecânico de tração mostrou que as membranas apresentaram resistência máxima de 47,5 (± 4) MPa e módulo de Young’s de 2315,71 (± 196,88) MPa. Através da MO, verificouse a regeneração do nervo periférico com 4 semanas de implante. O estudo in vivo mostrou que a técnica de tubulização é eficaz, indicando que o polímero estudado apresenta grande potencial para ser utilizado como guia para regeneração nervosa periférica.

ASSUNTO(S)

biodegradation biomaterials tubular prosthesis polimeros na medicina biomaterials membranes (biology) nervous regeneration biodegradação membranas (biologia) poly(l-co-d biomateriais materiais biomedicos l lactic acid) biomedical engineering engenharia biomedica

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