O uso prÃ-operatÃrio da l-alanilâglutamina em pacientes submetidos a revascularizaÃÃo cardÃaca com circulaÃÃo extracorporea e sua repercussÃo sobre as concentraÃÃes sÃricas de indicadores do estresse oxidativo, de mediadores inflamatÃrios, de metabolitos e sobre o controle glicemico / Pre-operative use of l-alanylâglutamine in pacients submitted to myocardial revascularization with extracorporeal bypass and its repercussions on blood plasma metabolites concentrations of oxidative stress, inflammatory mediators and glycemic control

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/12/2008

RESUMO

Estudos recentes tem apontado um efeito deletÃrio da hiperglicemia persistente em pacientes submetidos a cirurgia cardÃaca. O controle glicemico estrito abaixo de 110 mg/dl com insulina tem demonstrado exercer um efeito antiinflamatÃrio em pacientes crÃticos,melhorando o prognostico da doenÃa. A glutamina, um aminoÃcido condicionalmente essencial durante o estresse, promove a utilizacao de glicose e aumenta a sensibilidade a insulina em pacientes criticos. Objetivou-se, no presente trabalho, estudar os efeitos de doses nutracÃuticas de L-alanil-glutamina (L-Ala-Gln) administrada no perÃodo prÃ-operatÃrio, associada ao uso intra e pÃs-operatÃrio da infusÃo de insulina. Vinte e dois pacientes adultos (idade media: 63,4 anos), candidatos a cirurgia de revascularizacao do miocÃrdio com circulaÃÃo extracorporea (CEC), foram randomizados em 2 grupos: Grupo salina (GS) e Grupo L-Ala-Gln (GG). Receberam por via endovenosa uma infusÃo de 1.000 ml de soluÃÃo salina (GS) ou 250ml de uma soluÃÃo de L-Ala-Gln a 20% diluÃda em 750 ml de soro fisiolÃgico, nas 3 horas que precederam a intervenÃÃo cirÃrgica. A insulina foi administrada ininterruptamente, durante a realizacao do procedimento cirÃrgico, a ambos os grupos. Amostras de sangue foram coletadas antes e apos a infusÃo da soluÃÃo salina ou da L-Ala-Gln [tempo basal (T-0) e pre-operatorio (T-1) respectivamente]; antes e apos a circulaÃÃo extracorporea (CEC) e no final do perÃodo operatÃrio (T-2); e 12 e 24 horas no perÃodo pÃs-operatÃrio (T3). Foram analisadas as seguintes variÃveis: Insulina, peptÃdeo C, creatinofosfoquinase (CPK), lactato desidrogenase (LDH), ProteÃna C reativa ultra-sensÃvel (PCR), IL-1, IL-6, IL-10, TN-, metabolitos (lactato, piruvato, acetoacetato e 3-hidroxibutirato), substancias reativas ao acido tiobarbiturico (TBARS), glutationa reduzida (GSH) e estado antioxidante total (TAS). AtravÃs da punÃÃo digital, amostras de sangue capilar foram coletadas, para analise da glicemia, nos periodos T-0, T-1, a cada hora durante a cirurgia (T-2) e a cada 2 horas apos a cirurgia (T-3). Apesar da administraÃÃo exÃgena de insulina durante a cirurgia ter sido constante em ambos os grupos, nos pacientes do grupo GG, a insulinemia permaneceu em concentraÃÃo semelhante em todos os perÃodos, enquanto que no grupo GS elevou-se em T-2 e T-3 comparado ao valor basal (T-1) (31.9+/-28.8 Versus 6.56+/5.4, p=0.013). O aumento da concentraÃÃo plasmÃtica de glucose foi significativamente menor nos pacientes tratados com L-Ala-Gln no perÃodo intra quando comparado ao grupo controle (129.9+/-15.2 versus 158.6+/-18.6, p= 0.003). NÃo se observaram alteraÃÃes significantes nas concentraÃÃes sericas das demais variÃveis estudadas entre os dois grupos. Conclui-se que a administraÃÃo prÃ-operatÃrio de doses nutraceuticas de L-Ala-Gln em pacientes submetidos a cirurgia cardÃaca com revascularizacao do miocÃrdio com CEC induz uma menor elevaÃÃo da glicemia concomitante a menor elevaÃÃo da insulinemia, o que ressalta o uso potencial da administracao prÃ-operatÃrio desse dipeptideo para atingir um melhor controle glicemico e melhorar a sensibilidade a insulina.

ASSUNTO(S)

endocrinologia doenÃa da artÃria coronariana, cirurgia, glicemia, glutamina. insulina insulin coronary artery disease surgery glycemia l-alanyl-glutamine. doenÃa da artÃria coronariana glicemia glutamina insulina

Documentos Relacionados