O Toyotismo e a mercantilização do trabalho na indústria automotiva do Brasil
AUTOR(ES)
Pinto, Geraldo Augusto
FONTE
Cad. CRH
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-12
RESUMO
O objetivo deste artigo é analisar o avanço de conceitos e práticas de gestão do trabalho designados como "flexíveis" na indústria automotiva do Brasil, em especial os oriundos do Sistema Toyota de Produção. Por meio de uma investigação bibliográfica e de um estudo de caso empírico numa planta pertencente a um grupo transnacional do setor de autopeças, situada em Campinas, SP (Brasil), demonstra-se como foram efetuadas alterações na organização do trabalho, concomitantes à exigência de novos perfis de qualificação profissional e educacional aos trabalhadores. Em termos conclusivos, a presente análise evidencia como tais perfis articulados a métodos gerenciais de avaliação em processos de contratação e promoção têm fragmentado o coletivo de trabalhadores nas empresas, mercantilizando as relações que estabelecem entre si no cotidiano de trabalho, uma vez que se baseiam na introjeção e manipulação de princípios de conduta entre eles, no sentido de servilizá-los ao propósito da acumulação capitalista.
ASSUNTO(S)
sistema toyota de produção sociologia do trabalho indústria automotiva - brasil
Documentos Relacionados
- Comparação entre as tendências e estratégias da indústria automotiva no Brasil e na Europa
- MERCANTILIZAÇÃO NO FEMININO: A VISIBILIDADE DO TRABALHO DAS MULHERES NO BRASIL
- Negociações coletivas na indústria automotiva goiana
- O trabalho e a saúde do trabalhador na indústria de calçados
- Reestruturação produtiva e organização do trabalho na industria de autopeças do Brasil