Negociações coletivas na indústria automotiva goiana

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/07/2011

RESUMO

O presente trabalho é dedicado a analisar o curso das negociações coletivas das montadoras de veículos instaladas no Estado de Goiás. A discussão foi margeada por um debate acerca das negociações coletivas de trabalho no Brasil, sob a influência das principais mudanças da legislação trabalhista, bem como pelo movimento de expansão e ―desconcentração‖ territorial da indústria automobilística no País. Fundamentalmente, foram interpretados os acordos coletivos de trabalho celebrados entre a Mitsubishi Motors Corporation do Brasil (MMC) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e Material Elétrico de Catalão (SIMECAT), e as convenções coletivas firmadas entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e Material Elétrico de Anápolis (SindMetana) e o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e Material Elétrico de Anápolis (Simea), as quais regulam as relações de trabalho na Hyunday Motors Brasil. Toda a análise dos instrumentos coletivos que compõem os dados desta pesquisa foi feita com base nos esquemas de classificação de cláusulas coletivas, segundo o escopo temático proposto por Horn (2003). A metodologia do autor permite, ainda, que as cláusulas classificadas possam ser comparadas à legislação brasileira vigente. A partir da interpretação dos dados, foi possível elucidar questões pertinentes, a saber: como se construiu a representação sindical nos municípios em questão e seu impacto sobre as negociações; quais as modificações no escopo temático dos instrumentos coletivos ao longo dos anos; se os instrumentos foram capazes de criar cláusulas adicionais em relação à vasta legislação que regula as relações de emprego no Brasil; e quais as principais semelhanças e distinções entre os instrumentos coletivos nessas unidades produtivas. O que se notou é que a experiência negocial do sindicalista de Anápolis, bem como os anos de atuação do sindicato, não se traduziram em um maior padrão de regulação das relações de trabalho. Em contrapartida, O SIMECAT, liderado por sindicalistas jovens e inexperientes, mostrou-se, desde a sua criação, fortemente vinculado aos interesses dos trabalhadores da MMC. Dessa maneira, averiguou-se uma maior regulação da relação de trabalho para os operários da automotiva de Catalão em relação aos funcionários da Hyundai.

ASSUNTO(S)

relações trabalhistas indústria automobilística negociação coletiva do trabalho economia

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