O papel das plantas exÃticas em farmacopÃias tradicionais

AUTOR(ES)

NÃlson Leal Alencar

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Muitos autores atribuem a presenÃa de plantas exÃticas em farmacopÃias tradicionais como fruto de um processo aculturativo, porÃm sÃo muitas vezes observaÃÃes informais carentes de testes adequados. A construÃÃo de uma farmacopÃia local à um processo lento e longo de tomada de decisÃes das pessoas de uma comunidade, que pode ser proveniente de trocas culturais ou atà mesmo de experimentaÃÃo. Um estudo etnobotÃnico aliado a uma ferramenta de triagem fitoquÃmica foi realizado com as plantas medicinais citadas por uma comunidade local do Nordeste do Brasil. Este trabalho objetivou testar trÃs idÃias fortemente associadas a inserÃÃo e seleÃÃo de plantas medicinais exÃticas em uma cultura: a hipÃtese da aparÃncia, a hipÃtese da diversificaÃÃo e a idÃia de versatilidade. O estudo foi realizado com 101 pessoas por meio de entrevistas semi-estruturadas. A partir de 199 espÃcies citadas durante as entrevistas foram sorteadas 61 plantas, agrupadas em exÃticas e nativas, e distribuÃdas de acordo com seu hÃbito, para triagem das seguintes classes de compostos: fenÃis, taninos, terpenÃides, flavonÃides, triterpenos, naftoquinonas, antraquinonas, alcalÃides. Paralelamente calculou-se a importÃncia relativa (IR) e o Ãndice de diversidade quÃmica (IDQ) de cada uma delas. Dentre as plantas sorteadas 36 sÃo nativas distribuÃdas em 16 famÃlias e 25 sÃo exÃticas distribuÃdas em 19 famÃlias. Foram encontradas diferenÃas significativas entre as plantas exÃticas e nativas para algumas classes de compostos apoiando a hipÃtese da diversificaÃÃo. Quando analisadas as plantas de acordo como o porte nÃo se encontrou relaÃÃes significativas que corroborem com a hipÃtese da aparÃncia. Concluiu-se que dentre as atuais teorias utilizadas para justificar a inserÃÃo de exÃticas em farmacopÃias tradicionais nÃo existe uma associaÃÃo com porte das plantas, importÃncia relativa ou atà mesmo uma alta diversidade quÃmica de compostos secundÃrios

ASSUNTO(S)

teoria da diversificaÃÃo teoria da versatilidade secondary metabolites botanica versatility etnobotÃnica caatinga diversification hypothesis ethnobotany teoria da aparÃncia caatinga apparency hypothesis

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