O espaço do real: a metalinguagem nos documentários de Eduardo Coutinho
AUTOR(ES)
Verônica Ferreira Dias
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003
RESUMO
O presente estudo tem como premissa a idéia de que a metalinguagem constitui o espaço do real nos documentários de Eduardo Coutinho. Como objeto de análise foram escolhidos os filmes Cabra marcado para morrer (1984), Santo forte (1999), Babilônia 2000 (2000) e Edifício Master (2002), nos quais são investigados os processos de pré-produção, produção e montagem para se identificar a técnica específica e o traço autoral do diretor. Como referenciais teóricos básicos foram utilizados conceitos desenvolvidos por Nichols (categoria reflexiva) e Bernardet (voz da experiência) a propósito do cinema documentário. As análises realizadas permitiram que se delineassem procedimentos que caracterizam o método de Coutinho, qual seja, a realização de entrevistas, a legitimação da voz dos personagens, a utilização de locutores sem domínio total da verdade, e a presença em cena do realizador, da equipe e do aparato técnico. Esse método se pauta por uma ética e numa atitude política que proíbem a manipulação do real, especialmente quando se trata de veicular a voz e a imagem das classes desfavorecidas
ASSUNTO(S)
production produção coutinho, eduardo -- 1933- -- critica e interpretacao editing montagem cinema brasileiro comunicacao pre-production pré-produção
ACESSO AO ARTIGO
http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5195Documentos Relacionados
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