O desempenho físico funcional reduzido antes da hospitalização prediz limitações de suporte de vida e mortalidade em pacientes não cirúrgicos de unidade de terapia intensiva

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Terapia Intensiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

RESUMO Objetivo: Avaliar se as escalas de desempenho físico funcional e a pergunta surpresa (“Eu ficaria surpreso se esse paciente morresse em 6 meses?”) predizem limitações de suporte de vida e mortalidade em pacientes críticos não cirúrgicos. Metódos: Participaram desta coorte prospectiva 114 pacientes admitidos do serviço de emergência em uma unidade de terapia intensiva. O desempenho físico funcional foi avaliado pelo Palliative Prognostic Score, pela Escala de Desempenho de Karnofsky e pela escala de Atividades de Vida Diária de Katz. Dois intensivistas responderam à pergunta surpresa. Resultados: Os escores de desempenho físico funcional propostos foram significativamente menores em pacientes com limitações de suporte de vida e naqueles que vieram a óbito durante a hospitalização. A resposta negativa à pergunta surpresa foi mais frequente no mesmo subgrupo de pacientes. A análise univariada ajustada mostrou aumento da razão de chances para limitações de suporte de vida e morte em relação à escala de Atividades de Vida Diária (1,35 [1,01 - 1,78] e 1,34 [1,0 - 1,79], respectivamente) e uma resposta negativa para a pergunta surpresa (42,35 [11,62 - 154,43] e 47,79 [11,41 - 200,25], respectivamente), com p < 0,05 para todos os resultados. Conclusão: Todas as escalas de desempenho físico funcional apresentaram escores mais baixos em não sobreviventes e em pacientes com limitações de suporte de vida. A redução da capacidade funcional prévia à internação e a resposta negativa à pergunta surpresa aumentaram as chances de limitações de suporte de vida e mortalidade em nossa coorte de pacientes não cirúrgicos da unidade de terapia intensiva com entrada no serviço de emergência.

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