O clítico "se" com valor reflexo ou recíproco: uma abordagem sociolingüística
AUTOR(ES)
Neide da Silva Souza Melo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005
RESUMO
Este estudo investiga as construções com o clítico "se" com valor reflexo ou recíproco no Português do Brasil (PB) e no Português Europeu (PE), com o objetivo de examinar a presença e a ausência dessa forma reflexiva, na língua oral, nas duas variedades do Português, levando em conta fatores que estariam atuando na realização ou não da variável. Fundamenta-se nos pressupostos teóricos da Sociolingüística laboviana e da Sociolingüística Paramétrica, proposta de trabalho desenvolvida por Tarallo e Kato (1989), que tem como finalidade explicar a mudança a partir das diferenças inter e intra-lingüística. O corpora desta pesquisa constituiuse de entrevistas orais do PB e do PE. O corpus do PB foi formado a partir de gravações da fala de 45 informantes pertencentes à comunidade de Uberlândia. Os dados do corpus do PE foram extraídos de entrevistas do banco de dados do Projeto Português Fundamental. Algumas hipóteses puderam ser comprovadas pelos resultados estatísticos, e outras refutadas. A análise evidenciou que entre PE e PB há diferenças significativas no que se refere à língua oral: no PB há uma relativa preferência pelo apagamento do clítico "se" reflexivo de terceira pessoa, enquanto que no PE, a preferência pelo emprego do pronome em questão é sensivelmente maior.
ASSUNTO(S)
apagamento sociolinguistic clítico reflexivo língua portuguesa - pronome deletion sociolingüística linguistica reflexive clitic
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufu.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=101Documentos Relacionados
- Acabou-se o que era doce, quem comeu se regalou-se: uma análise do clítico se em João Pessoa na interface Sociolinguística
- O ensino e a aprendizagem de língua inglesa na escola rural: uma abordagem sociolinguística
- Vantagem competitiva e sua relação com o desempenho: uma abordagem baseada em valor
- O USO INDETERMINADO DO PRONOME VOCÊ NA FALA DE PROFESSORES E ALUNOS UNIVERSITÁRIOS: UMA ABORDAGEM SOCIOLINGÜÍSTICA
- Nós, a gente e o clítico se como estratégias de indeterminação do sujeito no Português