O Brasil diante da ALCA: integraÃÃo ou perda de soberania ?
AUTOR(ES)
David Wallace Cavalcante da Silva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004
RESUMO
A presente pesquisa tem como objeto de anÃlise as provÃveis conseqÃÃncias da polÃtica externa brasileira para o desenvolvimento nacional diante da possibilidade da formaÃÃo da Ãrea de Livre ComÃrcio das AmÃricas-ALCA, projeto de formaÃÃo de uma zona de livre comÃrcio entre todos os paÃses do continente americano, exceto Cuba, lanÃado por proposta do governo dos Estados Unidos, na I CÃpula das AmÃricas, em 1994. As fundamentaÃÃes teÃricas se localizam nas anÃlises do processo da globalizaÃÃo, etapa do capitalismo iniciada com o aprofundamento da liberalizaÃÃo dos mercados financeiros, a partir do Ãltimo quartel do SÃculo XX, cuja dinÃmica à dada pelas grandes corporaÃÃes internacionais, redefinindo o papel e a configuraÃÃo do Estado NaÃÃo a partir da formaÃÃo dos blocos econÃmicos regionais, dinamizando zonas de livre comÃrcio, uniÃes aduaneiras e mercados comuns entre paÃses. No contexto especÃfico da AmÃrica Latina desenvolve-se o papel da consolidaÃÃo dos Estados Unidos da AmÃrica como potÃncia hegemÃnica imperialista, localizando historicamente as relaÃÃes externas do Brasil numa bilateralidade dependente formatada ao longo do SÃculo XX, sem desconsiderar os conflitos conjunturais, em cada perÃodo distinto do desenvolvimento nacional, reflexo das movimentaÃÃes sÃcio-polÃticas domÃsticas. Tratando propriamente da formaÃÃo da ALCA e dos documentos que envolvem o processo negociador, enquadram-se as negociaÃÃes na Ãgide da predominÃncia do neoliberalismo, sob as coordenadas do Consenso de Washington, cujas implicaÃÃes ao Estado brasileiro e ao modelo de desenvolvimento econÃmico sÃo o aprofundamento da dependÃncia em relaÃÃo aos paÃses desenvolvidos. Ressalta-se, porÃm a evidÃncia das conseqÃÃncias sociais negativas diante dos crescentes questionamentos organizados pelos movimentos sociais à escala internacional e nacional, na dÃcada de 1990. Hà ainda uma reflexÃo sobre o papel do novo governo eleito no Brasil, em 2002, e as incidÃncias sobre o processo negociador. Por fim, conclui-se sobre os impactos da formaÃÃo da ALCA para soberania nacional num cenÃrio da busca pela composiÃÃo de uma nova ordem mundial no sistema mundial de Estados sob estratÃgia da hegemonia unilateralista estadunidense
ASSUNTO(S)
imperialismo relaÃÃes internacionais relaÃÃes brasil-estados unidos integraÃÃo regional ciencia politica alca hegemonia americana globalizaÃÃo
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