Nanocristais de celulose bacteriana: da obtenção, sob diferentes condições de hidrólise, à incorporação como reforço em poli(L-ácido láctico)
AUTOR(ES)
Costa, Juliana Francine da, Garcia, Michele Cristina Formolo, Apati, Giannini Pasisnick, Barud, Hernane da Silva, Schneider, Andrea Lima dos Santos, Pezzin, Ana Paula Testa
FONTE
Matéria (Rio J.)
DATA DE PUBLICAÇÃO
08/01/2018
RESUMO
RESUMO Este trabalho almejou produzir celulose bacteriana (CB), obter nanocristais de celulose bacteriana (NCCB), incorporar NCCB como reforço em poli(L-ácido láctico) (PLLA) e avaliar propriedades destes bionanocompósitos. Foram produzidas membranas de CB provenientes da bactéria Gluconacetobacter hansenii. A partir das membranas foram obtidos NCCB por hidrólise com ácido sulfúrico (H2SO4), com base em 11 experimentos. Os parâmetros variados nos experimentos foram: concentração de H2SO4, temperatura e tempo. Pode-se definir critérios de obtenção de NCCB por análise termogravimétrica (TGA) e análise de espalhamento dinâmico de luz (DLS). Principais resultados indicam possibilidade de obtenção na condição de: 80% de concentração de H2SO4 (m/m), 60 ºC e 60 min. Para esta condição obteve-se tamanhos adequados dos NCCB (média de 388 nm), potencial zeta adequado (-38 mV) e estabilidade térmica adequada (Tonset2 = 301,9 ºC). Posteriormente, NCCB obtidos conforme critérios definidos foram incorporados ao PLLA em duas concentrações (2,5 e 5%), utilizando dois métodos (sem e com funcionalização dos NCCB). Os bionanocompósitos preparados foram caracterizados por TGA e calorimetria explanatória diferencial (DSC). Resultados das técnicas de caracterização dos bionanocompósitos foram comparados com resultados do PLLA puro. Principais resultados em relação aos métodos, revelam a importância da funcionalização dos NCCB antes de incorporá-los ao PLLA. Sobre a concentração de reforço utilizada, o aumento da estabilidade térmica foi gradual, conforme teor de reforço, sendo que para o bionanocompósito com 5% de NCCB funcionalizados o incremento foi de 10,4 ºC na Tonset2 em relação ao PLLA puro. Contudo, o grau de cristalinidade diminuiu (Xc do PLLA puro = 40,38% e Xc do bionanocompósito com 5% de NCCB funcionalizados = 24,73%). Conclui-se que a adição de NCCB em PLLA é ambientalmente viável e promove melhoria de propriedades.
ASSUNTO(S)
bionanocompósitos nanocristais de celulose bacteriana poli(l-ácido láctico)
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