Mulheres, saúde e uso de crack: a reprodução do novo racismo na/pela mídia televisiva
AUTOR(ES)
Macedo, Fernanda dos Santos de, Roso, Adriane, Lara, Michele Pivetta de
FONTE
Saude soc.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-12
RESUMO
A discussão engendrada neste artigo versa sobre as possíveis relações entre os discursos veiculados na mídia televisiva sobre a atenção à saúde, enfocando mulheres que fazem uso de crack e na reprodução do "novo racismo" - expressão empregada no campo dos Estudos Críticos do Discurso. Ainda, observamos as possíveis interlocuções do novo racismo com os discursos relacionados aos direitos sexuais e reprodutivos. Trata-se de um levantamento de documentos de domínio público, que tem como referencial teórico-metodológico os Estudos Críticos do Discurso, assim como os pressupostos da Psicologia Social Crítica em articulação com os Estudos de Gênero. Concluímos que quando o discurso midiático em foco, transmissor da ideologia das elites simbólicas, aborda as mulheres que usam crack na gravidez como um problema social desvinculado do contexto histórico, político e sociocultural, reproduz um novo racismo. Em virtude do caráter de legitimidade dos meios de comunicação de massa, as atitudes racistas são compartilhadas na sociedade, aprofundando-se, assim, as iniquidades sociais e as discriminações de gênero.
ASSUNTO(S)
psicologia social crack drogas gênero mídia televisiva racismo
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