Mulheres desregradas: autorretratos e o corpo grotesco nos cartuns de Chiquinha
AUTOR(ES)
Pires, Maria da Conceição
FONTE
Topoi (Rio J.)
DATA DE PUBLICAÇÃO
15/08/2019
RESUMO
RESUMO A proposta deste artigo é examinar a produção quadrinística da cartunista Chiquinha, pontuando de que maneira pautas importantes dos movimentos feministas estão presentes no seu trabalho. A partir da análise dos autorretratos produzidos pela cartunista e do uso do estilo grotesco em seus desenhos, analisaremos como a cartunista produz uma crítica ao controle político sobre o corpo feminino, as formas essencializadas de compreensão dos homens e mulheres e aos padrões normativos impostos às mulheres, temas importantes para a crítica feminista. Com essa abordagem desejamos colocar em destaque o humor produzido por mulheres, para mulheres e com um direcionamento feminista, ainda carentes de um espaço significativo no campo da História Cultural do Humor.ABSTRACT This article aims to examine the production by cartoonist Chiquinha by highlighting how important guidelines of feminist movements are present in her work. By drawing attention to the analysis of the self-portraits produced by the cartoonist and the use of grotesque style in her drawings, we will analyze how the cartoonist criticizes political control over the female body, essentialized forms of understanding men and women, and the normative patterns imposed on women, which are important themes for feminist critique. Through this approach, we want to highlight the humour produced by women, for women and with a feminist orientation, which still lacks significant space in the field of Cultural History of Humour.
Documentos Relacionados
- Produção de significados sobre matemática nos cartuns
- De Francisca a Chiquinha: o pioneirismo insuspeito de Chiquinha Gonzaga
- As vivências da amamentação para um grupo de mulheres: nos limites de ser "o corpo para o filho" e de ser "o corpo para si"
- Corpo grotesco
- Mulheres-monstro e espetáculos circenses: o grotesco nas narrativas de Ângela Carter, Lya Luft e Susan Swan