As vivências da amamentação para um grupo de mulheres: nos limites de ser "o corpo para o filho" e de ser "o corpo para si"
AUTOR(ES)
Nakano, Ana Márcia Spanó
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003
RESUMO
Neste estudo buscamos compreender o significado atribuído, por um grupo de mulheres da cidade de Ribeirão Preto, São Paulo, sobre as vivências da amamentação no que se refere às sensações e manifestações em seus corpos, bem como as percebidas nos corpos de seus filhos. Compreendemos esse fenômeno integrado a sistemas de valores da maternidade e do corpo. Constitui-se de uma pesquisa qualitativa. Participaram vinte primíparas com parto há menos de trinta dias, que procuraram as unidades básicas de saúde por razão adversa à amamentação. A análise das entrevistas e observações baseou-se na técnica de análise de conteúdo, modalidade temática. Para essas mulheres, amamentar é ser uma boa mãe e dar o melhor para o filho. Na prática da amamentação, entre limites e possibilidades, dimensionam o que consideram "problema", baseando-se nas manifestações percebidas em seus corpos e, prioritariamente, nos corpos de seus filhos. Suas preocupações estão fundadas nos prejuízos e perigos a que expõem o filho. Tais vivências se processam nos limites de ser: o corpo para o filho e o corpo para si, o que confere um vivido conflito entre maternidade e individualidade.
ASSUNTO(S)
aleitamento materno saúde da mulher mães
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