Mudanças no manejo de doentes com pancreatite aguda grave

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Gastroenterologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-09

RESUMO

RACIONAL: A pancreatite aguda grave está presente em até 25% dos doentes com pancreatite aguda, com mortalidade considerável. Mudanças no tratamento da pancreatite aguda nas últimas duas décadas contribuíram para a redução da mortalidade destes doentes. OBJETIVO: Mostrar a evolução do manejo da pancreatite aguda, comparando duas diferentes abordagens. MÉTODOS: Todos os doentes com pancreatite aguda grave de 1999 a 2005 do Serviço de Emergência da Santa Casa de São Paulo, SP, foram incluídos. Os resultados de uma revisão retrospectiva de 1999 para 2002 (grupo A) foram comparados com um protocolo prospectivo, de 2003 para 2005 (grupo B). No grupo A, a pancreatite grave era definida pela presença de complicações sistêmicas ou locais. No grupo B os critérios de Atlanta foram utilizados para definir a gravidade. As variáveis analisadas foram: idade, sexo, etiologia, APACHE II, leucócitos, bicarbonato, coleções e necrose na tomografia, tratamento cirúrgico e mortalidade. RESULTADOS: Setenta e um doentes foram classificados como graves, 24 no grupo A e 47 no grupo B. A média do APACHE II nos grupos A e B foram 10,7 ± 3,5 e 9,3 ± 4,5, respectivamente. A necrose foi vista em 12 doentes (50%) no grupo A e em 21 doentes (44,7%) no grupo B. Metade dos doentes no grupo A e dois (4,3%) no grupo B foram submetidos a operação pancreática. A mortalidade foi de 45,8% no grupo A e 8,5% no grupo B. CONCLUSÃO: Uma abordagem específica e um protocolo prospectivo podem mudar os resultados no tratamento de doentes com pancreatite aguda grave.

ASSUNTO(S)

pancreatite necrosante aguda

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