Modelo experimental de pancreatite aguda grave em coelhos
AUTOR(ES)
Goldenberg, Alberto, Romeo, Ana Celia Diniz Cabral Barbosa, Moreira, Márcia Bento, Apodaca, Franz Robert, Linhares, Marcelo Moura, Matone, Jacques
FONTE
Acta Cirurgica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-10
RESUMO
OBJETIVO: Desenvolver modelo experimental de pancreatite aguda grave em coelhos por meio da injeção de taurocolato de sódio no ducto pancreático. MÉTODOS: Vinte e quatro coelhos albinos da linhagem Nova Zelândia foram distribuídos em quatro grupos de seis animais (A, B, C e S). Os coelhos dos três grupos experimentais (A, B e C) foram submetidos a laparotomia e injetou-se taurocolato de sódio a 5%, 1ml/Kg no ducto pancreático. Realizou-se nova laparotomia, respectivamente, após 4h, 8h e 12h. No grupo controle (S), subdividido em dois grupos de três animais, foi realizada no subgrupo S1 apenas cateterização do ducto pancreático e no subgrupo S2 cateterização do ducto pancreático e injeção de solução fisiológica 0,9%, 1ml/Kg. Estes animais foram reavaliados após 12 horas. Na reintervenção coletou-se sangue para determinação da amilasemia e realizou-se pancreatectomia para análise histológica do infiltrado intersticial, da esteatonecrose e da necrose do órgão. RESULTADOS: Houve elevação da amilase em todos os grupos, demonstrando a presença da pancreatite aguda. O tamanho do septo interlobular aumentou progressivamente, observando-se maior diferença entre os grupos S1 (0,13) e C (0,53) (p=0,035). Todos os animais do grupo A apresentaram necrose celular focal que se tornou mais intensa nos coelhos do grupo B, culminando com o predomínio de necrose pancreática acentuada nos animais do grupo C. A diferença na intensidade da necrose celular apresentou significância estatística (p=0,001). CONCLUSÃO: O modelo experimental proposto se mostrou reprodutível e efetivo em provocar pancreatite aguda grave em coelhos.
ASSUNTO(S)
pancreatite necrosante aguda experimentação animal coelhos