Aceitação das mudanças no manejo dos pacientes com pancreatite aguda após a revisão da Classificação de Atlanta

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Gastroenterol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-03

RESUMO

RESUMO CONTEXTO: Após a revisão da Classificação de Atlanta, em 2012, foram estabelecidas novas recomendações no manejo dos pacientes com pancreatite aguda. OBJETIVO: Objetiva-se avaliar o grau de aceitação e implementação dessas recomendações na prática clínica. MÉTODOS: Foi realizada revisão sistemática da literatura com auxílio das bases: PubMed/Medline, Cochrane e SciELO, por meio de busca de estudos em humanos, publicados em inglês e português, no período de 25/10/2012 até 30/11/2018, utilizando os descritores e operador booleano: “Acute pancreatitis” E “Atlanta”. Foram incluídos apenas estudos do tipo Ensaios Clínicos Randomizados que avaliaram alguma recomendação relacionada a revisão da Classificação de Atlanta após 2012. RESULTADOS: Foram selecionados 89 estudos após aplicação dos critérios de inclusão, exclusão e avaliação qualitativa. Esses foram estratificados quanto à aplicação ou não das recomendações propostas após a revisão da Classificação de Atlanta. Verificou-se que 68,5% dos estudos aplicaram essas recomendações, principalmente, na classificação da gravidade dos pacientes (leve, moderadamente grave, grave). Desses 16,4% eram estudos de origem norte-americana e 14,7% chineses. Os outros 31,5% limitaram-se a comparar ou apenas validar essa classificação de gravidade. CONCLUSÃO: Poucos estudos divulgaram alguma forma de implementação das novas recomendações, apesar dos esforços norte-americanos e chineses. A falta da aparente incorporação dessas recomendações na prática clínica, não permitiu o aproveitamento de suas vantagens (principalmente a melhora da comunicação entre os profissionais e estabelecimento da classificação e identificação precoce dos pacientes mais graves), sendo necessário toda a comunidade médica internacional se mobilizar de alguma forma para mudar esse cenário.

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