MORTE CELULAR DE OSTEOCLASTOS DO OSSO ALVEOLAR DE RATAS TRATADAS COM ESTRÓGENO. / Programmed cell death of alveolar bone osteoclasts in estrogen treated rats.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Introdução: O osso é um tecido mineralizado que está sob a influência de diversos fatores sistêmicos, locais e ambientais. Dentre os fatores sistêmicos, o estrógeno é um hormônio bem conhecido por exercer uma função inibitória sobre a reabsorção óssea. Devido ao fato do osso alveolar de ratas jovens sofrer contínua e intensa remodelação para acomodar os dentes em formação e erupção, ele constitui um adequado modelo in vivo para estudar a possível ação do estrógeno sobre os osteoclastos. Objetivo: Na tentativa de investigar a possibilidade do estrógeno induzir a morte de osteoclastos, foi examinado o osso alveolar de ratas jovens tratadas com estrógeno. Métodos: Quinze ratas de 22 dias foram divididas em grupos: Estrógeno (GE), Sham (GS) e Controle (GC). Os animais do GE receberam, durante 7 dias, injeção intramuscular diária de 0,125mg/100g de estrógeno (Benzoginoestril-ap) diluído em óleo de milho. Os animais do GS receberam o óleo utilizado como veículo de diluição. Após 8 dias, fragmentos contendo osso alveolar foram removidos e processados para microscopia de luz e microscopia eletrônica de transmissão. Os cortes foram corados em hematoxilina/eosina (HE) e o método do TRAP (fosfatase ácida resistente ao tartarato) foi utilizado como marcador de osteoclastos. Foi realizada a análise quantitativa do número de osteoclastos TRAP-positivos/mm de superfície óssea. Para detecção de apoptose, cortes foram submetidos ao método do TUNEL (Terminal deoxynucleotidyl transferase-mediated dUTP Nick End Labeling); os métodos TUNEL/TRAP combinados foram também utilizados. Resultados: O número de osteoclastos TRAP-positivos/mm de superfície óssea foi significantemente reduzido no GE comparado ao GC e ao GS. No GE, foram observados osteoclastos TRAP-positivos exibindo núcleos TUNEL-positivos. Além disso, imagens ultraestruturais revelaram osteoclastos encolhidos exibindo núcleos com massas conspícuas e tortuosas de cromatina condensada, típicos de apoptose. Conclusões: Os resultados reforçam a idéia que o estrógeno inibe a reabsorção óssea promovendo a redução no número de osteoclastos, indicando, portanto, que esta redução pode ser, pelo menos em parte, uma conseqüência da apoptose de osteoclastos.

ASSUNTO(S)

morfologia 1. osso alveolar. 2. osteoclastos. 3. estrógeno. 4. apoptose.

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