Moralidade e eticidade: uma discussÃo entre Kant e Hegel / Morality and ethicity: a discussion between Kant and Hegel

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

01/04/2011

RESUMO

A questÃo da moralidade pode ser estudada valendo-se de uma pergunta aparentemente simples: como devo agir? Esta pergunta, todavia, desencadeia uma sÃrie de novas perguntas: como posso julgar minha aÃÃo e a dos outros? Quais os critÃrios segundo os quais faÃo esse julgamento? Segundo que mÃximas, princÃpios e valores devem orientar-se minha aÃÃo? Qual a relaÃÃo existente entre a moralidade individual e a normatividade social? A resposta a todas essas perguntas nÃo esgota a problemÃtica da moralidade jà que cada pergunta gera uma infinidade de outras, que, por sua vez, exigem respostas cada vez mais sofisticadas. Immanuel Kant e Georg Wilhelm Friedrich Hegel tentam, cada um a sua maneira, dar uma resposta satisfatÃria a essa problemÃtica. De fato, o objeto de anÃlise principal da moralidade à o indivÃduo, o sujeito, que age no mundo. à nele que as sociedades criam critÃrios, valores, para que suas aÃÃes possam ser reconhecidas no mundo. PorÃm, a fim de que suas aÃÃes tenham validade, os indivÃduos externalizam suas vontades, inclinaÃÃes, nas instituiÃÃes: famÃlia, sociedade civil e Estado. à diante desse contexto que encontramos a filosofia kantiana se contrapondo à filosofia hegeliana. De um lado, temos uma filosofia que exclui a sensibilidade das aÃÃes humanas a fim de postular a existÃncia de um ente que supera o empÃrico, o sensÃvel: Kant e o seu imperativo categÃrico. Do outro lado, encontramos uma filosofia que valoriza o desenvolvimento da ideia de liberdade em todas as suas mediaÃÃes â do momento mais abstrato atà o mais concreto â sendo esse desenvolvimento completo, sistemÃtico: a filosofia hegeliana. A partir desses dois extremos està a moralidade. Enquanto que Kant concebe o conteÃdo da aÃÃo moral destituÃdo de um interesse especÃfico, a aÃÃo moral em Hegel possui interesse; somos motivados, portanto, pela paixÃo, inclinaÃÃo, entre outros sentimentos. à diante dessas diferenÃas que Kant e Hegel contribuÃram bastante para a Ãtica, a Filosofia polÃtica, onde o tema da moralidade se apresenta. Em Kant, o conceito de autonomia torna o indivÃduo livre, independente, capaz de legislar em causa prÃpria, de controlar e orientar os seus atos segundo certos critÃrios e princÃpios. Jà em Hegel, a liberdade se internaliza na moralidade de modo tal que o sujeito dispÃe a assumir, conscientemente, as consequÃncias de seus atos se responsabilizando por eles. Por esta razÃo, a relaÃÃo entre as filosofias kantiana e hegeliana à extremamente frutÃfera e nÃo se pode preterir uma em detrimento da outra de forma absoluta. A crÃtica de Hegel a Kant à possÃvel na esteira tanto da Moralidade quanto o da HistÃria, pois Kant lanÃou todas as condiÃÃes para que fosse posteriormente criticado. Ou seja, a partir dos questionamentos à metafÃsica tradicional, o filÃsofo de KÃnigsberg dà margem a diversas interpretaÃÃes. Dentre estas interpretaÃÃes, encontra-se Hegel com a sua noÃÃo de Eticidade.

ASSUNTO(S)

filosofia moralidade autonomia liberdade em hegel morality autonomy freedom in hegel kant,immanuel,1724-1804 â crÃtica e interpretaÃÃo hegel,georg wilhelm friedrich,1770- 1831 â crÃtica e interpretaÃÃo Ãtica autonomia(filosofia) liberdade â filosofia ciÃncia polÃtica â filosofia

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