Memória para sons em sequência e capacidade de memorização em indivíduos idosos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Objetivo: caracterizar a memória de seqüência de sons por meio do Teste de Memória Seqüencial para sons verbais e não-verbais, avaliar a habilidade de memória por meio do Teste de Capacidade de Memorização, considerando as variáveis: sexo, faixa etária e presença ou não de perda auditiva, e avaliar se os resultados deste estudo evidenciam alguma interferência da perda auditiva no processo de seqüencialização de sons e no processo de memorização de indivíduos idosos. Método: A casuística foi constituída por 30 sujeitos, sendo 15 do sexo masculino e 15 do sexo feminino na faixa etária de 60 a 80 anos, distribuídos nos seguintes grupos: Experimental e Controle. Com a intenção de sofisticar a análise, os indivíduos foram dispostos segundo a faixa etária, sendo distribuídos arbitrariamente, em intervalos de 10 em 10 anos. Todos os indivíduos foram submetidos em avaliação audiológica, a testes de memória seqüencial para sons verbais e não-verbais e teste de capacidade de memorização. Resultados: No Teste de Capacidade de Memorização, na comparação entre os indivíduos dos grupos Experimental e Controle, ocorreu diferença estatisticamente significante. Já na comparação entre os grupos Experimental e Controle e grupos I e II considerando as variáveis sexo, faixa etária e presença ou não de perda auditiva, no Teste de Memória Seqüencial para sons verbais e não-verbais e no Teste de Capacidade de Memorização, não ocorreram diferenças estatisticamente significantes. Conclusões: A partir dos resultados obtidos neste estudo, foi possível concluir que a perda auditiva interfere negativamente na tarefa de capacidade de memorização, mostrando que idosos sem perda auditiva possuem melhor desempenho na tarefa de memorização. Embora a memória atual não tenha sido influenciada significativamente pelas variáveis sexo, faixa etária e perda auditiva, encontramos uma tendência de 66,7% dos indivíduos sem perda auditiva e do sexo feminino julgarem sua memória como sendo excelente contra 33,3% dos indivíduos com perda auditiva e do sexo masculino. Pudemos concluir também que os indivíduos estudados não mostraram inabilidade em ordenar temporalmente os sons, pois não foram influenciados pelas variáveis sexo, faixa etária e presença ou não de perda auditiva

ASSUNTO(S)

ciências biológicas envelhecimento memoria audição pessoas com insuficiência auditiva - idoso

Documentos Relacionados