Mapeamento cortical da fala com o paciente acordado: optimização para ressecção de lesões intracranianas localizadas próximas a área da fala
AUTOR(ES)
Amorim, Robson Luis Oliveira de, Almeida, Antônio Nogueira de, Aguiar, Paulo Henrique Pires de, Fonoff, Erich Talamoni, Itshak, Suely, Fuentes, Daniel, Teixeira, Manoel Jacobsen
FONTE
Arquivos de Neuro-Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-09
RESUMO
OBJETIVO: O presente estudo visa discutir as vantagens e as limitacões do uso da técnica de mapeamento cortical da área da fala com o paciente acordado. MÉTODO: esta é uma revisão retrospectiva dos casos em que foi realizado monitoramento cortical intraoperatório em cirurgias para ressecção de lesões intracranianas localizadas próximas à área da fala. Todos os pacientes foram submetidos a avaliação neuropsicológica no pré e intra-operatório. O grau das ressecções foi verificado através de exames de imagem pós-operatórios. Foram avaliados um total de 12 pacientes. Destes, 6 eram do sexo masculino e 6 do feminino. RESULTADOS: 7 lesões eram tumorais. A ressecção total foi atingida em 66% e ressecção subtotal nos remanescentes. Apenas 1 paciente apresentou déficit motor permanente no pós-operatório e todos os pacientes com quadro prévio de epilepsia refratária obtiveram bom controle das crises no pós-operatório. Em nenhum caso houve necessidade de conversão da anestesia para geral. CONCLUSÃO: O mapeamento funcional intraoperatório na craniotomia com o paciente acordado otimiza a extensão da ressecção da lesão minimizando morbidade permanente. Esta é uma técnica eficaz no manejo de lesões em íntimo contato com o córtex eloqüente, que outrora, seriam designadas inoperáveis.
ASSUNTO(S)
mapeamento cortical craniotomia acordado tumor área da fala
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