Linguagem autobiográfica na construção da identidade: de falante nativa a educadora

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/04/2008

RESUMO

Ao escrever, consigo adquirir consciência da minha constituição como professora de espanhol, tomando distância de mim mesma. Isto ocorre, pois, analiso a escrita apoiada em um instrumental teórico, antes, para mim, pouco conhecido. Assim, ele configura um instrumento novo que possibilita olhar para mim mesma com estranhamento. Por esse motivo, este trabalho promove uma conscientização da formação e das possibilidades profissionais do educador e professor de línguas. O meu perfil de educadora vem sendo construído ao longo do meu percurso, em interação com as pessoas que compõem o meu entorno social. Assim como essas pessoas me afetaram, também eu as afetei de alguma maneira, numa interação discursiva, dialética e, por isso mesmo, enriquecedora (VIGOTSKI, 1994, 2005). Com base nisso e nas idéias de Vieira (1996); Josso (1988) e Nóvoa (1988, 2000), entendo que a formação, tanto pessoal, quanto profissional é fruto das interações e das vivências. Esta é uma pesquisa etnográfica, em Lingüística Aplicada, que visa o entendimento da formação do professor de línguas e educador. Para isso, busca-se compreender como as vivências (cognitivas, culturais e emocionais) influenciaram a prática e a sua constituição identitária. Com esse objetivo, faz-se necessário refletir criticamente, apoiada em teorias que, no caso desta pesquisa, envolvem a construção do conhecimento do educador e professor de línguas. São as teorias de ensino-aprendizagem: Behaviorismo, Construtivismo e a Sociointeracional (PCN LE, 2001) e as de linguagem, com base em Richards e Rodgers (1995) e Leffa (2003). Refletir criticamente, segundo Magalhães (1994, 1996); Romero (1998); Liberali, Magalhães e Romero (2003); Romero (2004) e Celani (2003, 2007) não só sobre as ações, mas, principalmente, a respeito do papel da linguagem nas interações é um caminho possível e necessário para promover uma tomada de consciência e levar ao autoconhecimento do educador, transformando-o em educador reflexivo-crítico. O instrumento que me leva à reflexão é a escrita e posterior análise da autobiografia, por meio da Gramática Sistêmico-funcional, com base em Eggins (1994); Martin &Rose (2002); Eggins &Martin (2003) e Christie (2005, 2006).

ASSUNTO(S)

autobiografia reflexão crítica linguagem educação autobiography critical reflection language education linguistica aplicada

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