Histeroscopia como procedimento padrão para avaliação de lesões endometriais em mulheres na pós-menopausa
AUTOR(ES)
Ribeiro, Camila Toffoli, Rosa-e-Silva, Júlio César, Silva-de-Sá, Marcos Felipe, Rosa-e-Silva, Ana Carolina Japur de Sá, Poli Neto, Omero Benedicto, Reis, Francisco José Candido dos, Nogueira, Antonio Alberto
FONTE
Sao Paulo Medical Journal
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-11
RESUMO
CONTEXTO E OBJETIVO: O câncer endometrial é o tipo mais prevalente de neoplasia maligna do trato genital. Os objetivos deste estudo foram: calcular a sensibilidade, especifi cidade e acurácia, bem como valor preditivo positivo e negativo das histeroscopias diagnósticas em comparação com a análise histopatológica de todas as lesões da cavidade endometrial. DESENHO E LOCAL: Estudo retrospectivo e descritivo no setor de endoscopia ginecológica do hospital universitário, terciário e público da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. MÉTODOS: A histeroscopia diagnóstica foi indicada nas seguintes situações: espessura endometrial > 4 mm em pacientes assintomáticas, sangramento na pós-menopausa, endométrio irregular ou endométrio de difícil avaliação pelo ultra-som, com ou sem sangramento vaginal. A avaliação ultra-sonográfi ca foi realizada não mais que três meses antes da histeroscopia. RESULTADOS: A idade média das pacientes foi 61,1 ± 2,0 anos, e a duração média do período pós-menopausa foi de 12,7 ± 2,5 anos. Das 510 pacientes, 293 (57,5%) foram submetidas à biópsia endometrial, no estudo histopatológico, 18 pacientes apresentavam carcinoma endometrial, hiperplasia típica ou atípica e nenhuma delas apresentava espessura endometrial maior que 8 mm. Nenhuma diferença signifi cativa foi encontrada entre as espessuras medianas das várias lesões benignas (p > 0,05). A sensibilidade (94,4%), especifi cidade (97%), acurácia (96,8%) e valores preditivos positivo e negativo (68% e 99,6% respectivamente) foram altos em nosso estudo. CONCLUSÃO: Nossos resultados sugerem que a histeroscopia diagnóstica apresenta boa validade como ferramenta diagnóstica para lesões malignas e hiperplasias, bem como para lesões benignas, com exceção dos leiomiomas submucosos, para o qual a sensibilidade foi de somente 52,6%.
ASSUNTO(S)
histeroscopia ultra-som pós-menopausa biópsia neoplasias do endométrio
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