Grau de incapacidade, níveis de dor, força muscular e função eletromiográfica em portadores de hanseníase com lesão do nervo fibular comum

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-06

RESUMO

INTRODUÇÃO: O objetivo do estudo foi avaliar o grau de incapacidade, níveis de dor, força muscular e a função eletromiográfica (RMS) em indivíduos portadores de hanseníase. MÉTODOS: A amostra foi composta de um grupo de 29 sujeitos portadores de hanseníase, apresentando lesão do nervo fibular comum e grau 1 ou 2 de incapacidade, com indicação ao tratamento fisioterapêutico, e um grupo controle de 19 indivíduos saudáveis, sem hanseníase. Os sujeitos foram submetidos à análise do grau de incapacidade, testes de eletromiografia, de força muscular voluntária e da Escala Visual Analógica (EVA) para a dor. RESULTADOS: O teste de McNemar mostrou maior prevalência do grau dois de incapacidade (Δ=75,9%; p=0,0001) entre os indivíduos com hanseníase. O teste de Mann-Whitney revelou maiores níveis de dor (Δ=5,0; p=0,0001) nos pacientes com hanseníase apresentando menores níveis de força muscular da extensão do hálux direito e esquerdo (Δ=1,28, p=0,0001; Δ=1,55, p=0,0001) e flexão dorsal do pé direito e esquerdo (Δ=1,24, p=0,0001; Δ=1,45, p=0,0001) do que os indivíduos sem hanseníase. O teste de Kruskal-Wallis revelou que os valores do RMS da flexão dorsal dos pés direito (Δ=181,66m.s-², p=0,001) e esquerdo (Δ=102,57m.s-2, p=0,002) apresentaram menores valores que o grupo controle em ambos os lados, mas as comparações intragrupos não mostraram diferenças. CONCLUSÕES: Conclui-se que a hanseníase altera todas as variáveis analisadas na pesquisa, indicando a necessidade de intervenção fisioterapêutica imediata nos sujeitos com Hanseníase. Esta investigação abre perspectivas de futuras pesquisas que analisem o tratamento da hanseníase com intervenção fisioterapêutica.

ASSUNTO(S)

grau de incapacidade eletromiografia força muscular dor nervo fibular hanseníase

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