Frequência de agressão e vitimização sexual autorreportada no Brasil: uma revisão da literatura

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

01/08/2016

RESUMO

Resumo: A falta de dados oficiais sobre estupro tem desafiado pesquisadores no Brasil. Dois estudos recentes utilizaram dados de boletins policiais e prontuários médicos. Embora esses estudos sejam avanços importantes na pesquisa sobre estupro no Brasil, apresentam algumas limitações. Para obter taxas mais realistas, este artigo faz uma revisão das pesquisas brasileiras sobre agressão e vitimização sexual em indivíduos com mais de 14 anos de idade. Foram identificados 41 estudos através de buscas eletrônicas e verificação de referências bibliográficas. Entre 1% e 40% de mulheres e 1% e 35% de homens relataram alguma forma de vitimização no ano anterior à entrevista. A incidência de homens perpetradores de agressão sexual variava de 2% a 44%. Apesar da grande variabilidade, essas taxas são muito mais altas do que aquelas estimadas a partir de dados oficiais. Os resultados sugerem uma associação entre orientação sexual e vulnerabilidade. Os resultados variaram em relação à raça. A maioria dos estudos era baseada em amostras de conveniência e focava a vitimização feminina. A vitimização masculina vem recebendo mais atenção, mas ainda há poucos estudos sobre a perpetração auto-relatada.

ASSUNTO(S)

violência sexual estupro vítimas de crime

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