Fenótipo distinto da doença hepática gordurosa não alcoólica em pacientes com níveis reduzidos de cobre livre e ceruloplasmina

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Gastroenterol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-09

RESUMO

RESUMO CONTEXTO: A deficiência de cobre tem sido relacionada a alterações no metabolismo lipídico e esteatose hepática. O estresse oxidativo desempenha um papel fundamental na fisiopatologia da doença hepática gordurosa não alcoólica. Uma das enzimas que neutralizam o estresse oxidativo é a Cobre/Zinco superoxido dismutase, que depende da disponibilidade de quantidades adequadas de cobre. OBJETIVO: Correlacionar os níveis de ceruloplasmina e de cobre não ligado à ceruloplasmina (NCBC) com parâmetros clínicos, bioquímicos e histológicos de pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). MÉTODOS: Dados de 95 pacientes com DHGNA internados consecutivamente e submetidos à biópsia hepática compuseram os grupos com base em níveis de ceruloplasmina inferiores a 25 mg/dL e em NCBC negativo. Os fatores de risco para DHGNA em cada grupo foram comparados. RESULTADOS: O índice de massa corporal foi menor nos pacientes com ceruloplasmina <25 mg/dL (29,1±3,47 vs 32,8±6,24 kg/m2; P=0,005), assim como os níveis de LDL, HDL e colesterol total, quando comparados aos seus pares com ceruloplasmina >25 mg/dL (101±38 vs 116±35 mg/dL, P=0,05; 43±9 vs 51±16 mg/dL, P=0,01; 174±43 vs 197±39 mg/dL, P=0,01, respectivamente). Os níveis médios de ferritina sérica foram maiores no grupo ceruloplasmina <25 mg/dL (343±327 vs 197±190 mg/mL; P=0,02). Os pacientes com NCBC negativo apresentaram maior HOMA-IR (8,2±14,7 vs 4,6±3,7; P=0,03). Idade, sexo, hipertensão e diabetes não mostraram diferença estatística. CONCLUSÃO: Pacientes com DHGNA apresentaram diferentes marcadores clínicos e bioquímicos de acordo com os níveis de NCBC e ceruloplasmina.

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