Doença hepática gordurosa não alcoólica em escolares obesos

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Paulista de Pediatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-06

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a prevalência de alterações hepáticas ao ultra-som e de elevação da alanina aminotransferase (ALT) em crianças com sobrepeso e obesidade, além de relacionar a presença de alterações com peroxidação lipídica, perfil lipídico e resistência insulínica. MÉTODOS: Estudo transversal, prospectivo e controlado de 67 crianças com sobrepeso/obesidade (38 do sexo feminino e média de idade de 8,6 anos), pareadas por sexo e idade com 65 eutróficas. A avaliação bioquímica consistiu de perfil lipídico (LDL-c, HDL-c e triglicerídeos); ALT; substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS); glicemia e insulina, utilizadas para o cálculo do Homeostasis Model Assessment Insulin Resistance (HOMA-IR). A esteatose hepática, avaliada por ultra-sonografia por um único examinador, foi classificada em difusa leve, moderada e grave. RESULTADOS: Elevação de ALT (>40U/L) foi encontrada em 3% e alterações ultra-sonográficas do fígado em 57,4% das crianças com sobrepeso e obesidade. O Grupo Sobrepeso/Obesidade apresentou maior percentual de ALT >18U/L (OR 4,2; p=0,0006) e de hipertrigliceridemia (OR 4,2; p<0,001), em relação ao controle. A ALT associou-se com aumento de triglicerídeos séricos (OR 3,2; p=0,010). Não houve associação entre os níveis de TBARS (estresse oxidativo) e do HOMA-IR com a presença de sobrepeso/obesidade, nem com ALT >18U/L. CONCLUSÕES: A freqüência de ALT >40U/L foi baixa e a de esteatose foi alta. As alterações ultra-sonográficas hepáticas não mostraram associação com o estado nutricional nem com os níveis de ALT. Por sua vez, triglicerídeos aumentados associaram-se com níveis mais elevados de ALT.

ASSUNTO(S)

fígado gorduroso estresse oxidativo criança obesidade resistência à insulina

Documentos Relacionados