Doenca hepatica gordurosa nao alcoolica em mulheres menopausadas
AUTOR(ES)
FLORENTINO, Gesira Soares de Assis, COTRIM, Helma Pinchemel, VILAR, Consuelo Padilha, FLORENTINO, Andre Vinicius de Assis, GUIMARAES, Geruza Maria Almeida, BARRETO, Victorino Spinelli Toscano
FONTE
Arq. Gastroenterol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-09
RESUMO
Contexto A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é comum em mulheres na pós-menopausa. Esta condição está associada à síndrome metabólica. No entanto, a influência da terapia de reposição hormonal no desenvolvimento da DHGNA nessas mulheres necessita ser investigada. Este estudo teve como objetivo descrever as características clínicas da DHGNA em mulheres na pós-menopausa e, a relação entre terapia de reposição hormonal e esta doença. Métodos De abril de 2009 a abril de 2011, 292 mulheres pós-menopausadas do Sistema Único de Saúde foram selecionados, e 251 foram incluídas neste estudo. A menopausa foi definida como a ausência de menstruação durante 12 meses consecutivos em mulheres saudáveis. Os critérios para diagnostico da DHGNA foram: presença de esteatose na ultra-som abdominal, história de consumo de álcool menor que 20 g/dia e exclusão de outras doenças hepáticas. Todas as mulheres foram submetidas a uma avaliação clínica. Para a obtenção dos resultados foram realizadas as análises uni e multivariada. Resultados A média de idade foi de 56,5 ± 6,7 anos. O uso de terapia de reposição hormonal foi referido por 21,1% (53) das mulheres e 78,9% (198) negaram seu uso. A prevalência de DHGNA foi de 37,1% (93/251) nas mulheres pós-menopausadas, sendo de 26,4% (14/53) no grupo em uso de terapia de reposição hormonal e 39,9% (79/198) no grupo sem uso desta terapia. A gama-glutamil transpeptidase (P = 0,001), alanina transaminase (P<0,01), ferritina (P<0,001) e resistência à insulina (obtida pelo modelo de avaliação homeostática de resistência à insulina ≥ 3) (P<0,001) foram maiores nas mulheres com DHGNA que não referiram o uso da terapia de reposição hormonal. A síndrome metabólica também foi mais frequente em mulheres com DHGNA, que não utilizaram a terapia de reposição hormonal. Conclusão Estes dados sugerem uma elevada prevalência de DHGNA em mulheres na pós-menopausa, e ainda apontam para uma associação negativa da terapia de reposição hormonal com a DHGNA.
ASSUNTO(S)
figado gorduroso terapia de reposicao hormonal
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