Existe relação entre o número de microêmbolos e a evolução neurológica nas cirurgias de revascularização miocárdica?
AUTOR(ES)
Malheiros, Suzana M. F., Massaro, Ayrton R., Gabbai, Alberto A., Pessa, Clodualdo J. N., Gerola, Luis R., Branco, João N. R., Lira Filho, Edgar B., Christofalo, Dejaldo M. J., Federico, Darwin, Carvalho, Antonio C., Buffolo, Enio
FONTE
Arquivos de Neuro-Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001-03
RESUMO
A cirurgia de revascularização miocárdica sem circulação extracorpórea (CEC) pode estar relacionada com uma potencial redução no número dos microêmbolos (ME) associados com a manipulação da aorta ou gerados pelo equipamento, com consequente redução do risco de complicações neurológicas nestes pacientes. Nosso objetivo foi comparar a frequência de ME e de complicações neurológicas em pacientes operados sem e com CEC. Vinte pacientes selecionados para revascularização miocárdica eletiva sem CEC foram randomizados para cirurgia com e sem CEC. A monitorização contínua com Doppler transcraniano foi realizada durante todo o procedimento nos dois grupos e os pacientes foram examinados antes e após a cirurgia. Os grupos não apresentaram diferenças significativas em relação aos aspectos demográficos, fatores de risco, grau de ateromatose de aorta e número de pontes realizadas. A frequência de ME no grupo operado sem CEC foi significativamente menor do que no grupo operado com CEC, entretanto, nenhum paciente apresentou alterações no exame neurológico no período pós-operatório inicial. Esta observação pode sugerir que as complicações neurológicas possam estar mais relacionadas com o tamanho e a composição, do que com o número de ME. Somente um estudo prospectivo com maior número de pacientes poderá esclarecer este assunto.
ASSUNTO(S)
revascularização miocárdica ponte de artéria coronária complicações pós-operatórias doppler transcraniano circulação extracorpórea
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