Estudos de enovelamento da Isoforma 1 da Lectina de Sementes deCratylia mollis : caracterizaÃÃo de estados intermediÃrios

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

AlÃm do de interesse acadÃmico, o conhecimento acerca do enovelamento de proteÃnas à empregado em muitas aplicaÃÃes biotecnolÃgicas com importÃncia industrial. Lectinas sÃo proteÃnas capazes reconhecer com especificidade diferentes sacarÃdeos, estando envolvidas em uma variedade processos biolÃgicos. Diversos modelos de associaÃÃes quaternÃrias levam as lectinas de leguminosas a apresentarem peculiaridades no reconhecimento de carboidratos. Cramoll 1 à a principal isolectina encontrada em sementes de Cratylia mollis. Essa lectina glucose/manose especÃfica pode apresentar-se como dÃmeros ou tetrÃmeros. Resultados expressivos como caracterizaÃÃo de cÃlulas transformadas, atividade mitogÃnica e inibiÃÃo tumoral estimulou a realizaÃÃo do presente estudo. Utilizando espectroscopia de fluorescÃncia e dicroÃsmo circular, caracterÃsticas do processo de desenovelamento de Cramoll 1 induzido por urÃia e altas pressÃes hidrostÃticas (HHP) foram obtidas. Em pH 7,0, o centro de massa de triptofano nÃo apresentou qualquer alteraÃÃo significativa atà 3 M de urÃia sugerindo que a proteÃna ainda està na sua forma nativa. Como esperado, uma vez que a lectina à um dÃmero naquele pH, o processo foi dependente de concentraÃÃo. Bis-ANS à uma sonda fluorescente usada para detectar intermediÃrios de enovelamento de proteÃnas. Interessantemente, a lectina mostrou um aumento na capacidade de ligaÃÃo a bis-ANS, principalmente na faixa de 3-5 M de urÃia. Na presenÃa de 3 M de urÃia, existiram pouquÃssimas mudanÃas no espectro de dicroÃsmo circular, mostrando que a estrutura secundÃria de Cramoll 1 està quase intacta sob esta condiÃÃo. Reunidos, esses resultados sugerem que o desenovelamento de Cramoll 1 à um processo que ocorre em mais de dois estÃgios, com acumulaÃÃo de uma espÃcie intermediÃria (I3M) na presenÃa de 3 M de urÃia. 3,1 kbar a 37 e 1 oC nÃo foi capaz de deslocar o centro de massa de triptofano, apontando que a lectina à pressÃo-resistente. A Ãnica condiÃÃo em que o dÃmero de Cramoll 1 foi efetivamente dissociado foi quando 3 M de urÃia foi adicionado ao tampÃo. Ao avaliar a ligaÃÃo da proteÃna a bis-ANS sob pressÃo na presenÃa de 3 M de urÃia, observou-se que mesmo depois de 100 min, quando os triptofanos jà foram expostos ao solvente, a lectina aumentou sua capacidade de ligar essa sonda. Essa observaÃÃo implica que Cramoll 1 nÃo està totalmente desenovelada sob HHP, exibindo mais uma espÃcie intermediÃria (IP). No entanto, à necessÃrio salientar que IP à diferente de I3M uma vez que o Ãltimo mantÃm seus triptofanos em seu ambiente nativo. Em conjunto, os dados descritos aqui sugerem que o processo de desenovelamento de Cramoll 1 pode ser esquematizado como: N → I3M → IP → U

ASSUNTO(S)

cratylia mollis lectinas bioquimica proteÃnas

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