Estudos cromossomicos em Malpighiaceae A. Jussieu

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2000

RESUMO

A família Malpighiaceae é composta por aproxim_damente 71 gêneros e 1250 espécies, das quais 950 (pertencentes a 41 gêneros) estão distribuídas preferencialmente pelo Novo Mundo. As Malpighiaceae apresentam em geral hábito trepador (mais de 500 espécies), podendo ser encontradas também árvores e arbustos. Em virtude da extensa amplitude ecológica e geográfica, a família Malpighiaceae apresenta uma grande diversidade de hábitos, frutos e grãos de pólen, além de uma notável variedade de registros de número cromossômico. Segundo dados da literatura, a família apresenta uma grande diversidade de números cromossômicos, que envolve poliploidias e disploidias inter e intra-específicas. Além da contribuição para o conhecimento de números cromossômicos para mais espécies de Malpighiaceae, objetivamos comparar as IDformações obtidas através destes estudos citogenéticos com o posicionamento taxonômico, baseado em aspectos morfológicos e biogeográficos, das espécies estudadas. No presente trabalho foram realizados estudos citogenéticos em 23 espécies de 12 gêneros de Malpighiaceae, coletadas em áreas de cerrado, mata semidecídua, além de algumas cultivadas, sendo obtidos 14 números cromossômicos haplóides e 15 diplóides, sendo 17 destes números inéditos. Os números variam de 2n= 12 (Lophanthera lactescens Ducke) até 2n=80 (Banisteriopsis stellaris (Griseb.) Gates). Com exceção feita a Lophanthera lactescens e Galphimia brasiliensis (L.) A. Juss., todas as espécies estudadas apresentaram cromossomos relativamente pequenos (de 1,1 a 3,9J..UIl), predominantemente metacêntricos. Para 14 destas espécies estudadas foram observados os caracteres cariomorfológicos e confeccionados os ideogramas. Não foram observadas anormalidades no processo de divisão meiótica, sendo altos os índices de viabilidade de grãos de pólens aferidos. Foi realizada também hibridação in situ com uma sonda específica para regiões teloméricas em células em divisão mitótica de Lophanthera lactescens, visando averiguar a origem evolutiva de seus cromossomos grandes. Os resultados ratificam a posição primitiva da espécie dentro da família. Analisando os números cromossômicos aqui apresentados, somados aos obtidos em literatura, observamos que há uma relação direta entre a variação de número cromossômico e a derivação do hábito trepador, bem como dos frutos alados, aparentemente mais derivados. Estas derivações devem ter ocorrido interdependentemente

ASSUNTO(S)

citogenetica cromossomos evolução

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