Estudo farmacolÃgico dos efeitos gastrointestinais e comportamentais do lupeol e da dilactona do Ãcido valonÃico, isolados de Cenostigma macrophyllum Tul., em roedores. / Pharmacological studies on the gastrointestinal and behavioral effects of lupeol and valoneic acid dilactone, isolated from Cenostigma macrophyllum Tul., in rodents.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/05/2010

RESUMO

O triterpeno lupeol e o tanino hidrolisÃvel dilactona do Ãcido valonÃico (DAV), componentes majoritÃrios de Cenostigma macrophyllum Tul. (Leguminoseae), foram avaliados no modelo experimental de lesÃo gÃstrica induzida por etanol e em modelos comportamentais. O lupeol (3, 10 e 30mg/kg, v.o.) e a DAV (3, 10 e 30mg/kg, i.p.) atenuaram significativamente (p<0,05) as lesÃes gÃstricas induzidas por etanol. No estudo mecanÃstico, o lupeol (30mg/kg) e a DAV (10mg/kg) mostraram aÃÃo antioxidante, previnindo a depleÃÃo de grupos sulfidrilas nÃo protÃicos e a participaÃÃo do Ãxido nÃtrico, de prostaglandinas, de canais de potÃssio ATP-dependentes e canais de cÃlcio. Foi observada ainda a participaÃÃo de receptores alfa-adrenÃrgicos, mas nÃo de receptores opiÃides, no mecanismo gastroprotetor das substÃncias. Tanto o lupeol (30 mg/kg) quanto a DAV (10mg/kg) reduziram a acidez gÃstrica total sem alterar o volume secretÃrio gÃstrico no modelo de ligadura do piloro. Na avaliaÃÃo sobre a motilidade intestinal normal, o tratamento com lupeol (3, 10 e 30mg/kg) nÃo alterou o percentual de trÃnsito em relaÃÃo ao controle, contudo a DAV (3, 10 e 30mg/kg) reduziu de forma significativa (p<0,05) o percentual de trÃnsito, por um mecanismo que nÃo envolve receptores opiÃides ou adrenÃrgicos. DAV (10 mg/kg) tambÃm foi capaz de inibir significativamente (p<0,05) o trÃnsito estimulado por Ãleo de rÃcino. Nos modelos comportamentais, o lupeol (3, 10 e 30mg/kg, v.o.) nÃo produziu alteraÃÃo na atividade locomotora dos animais no teste da movimentaÃÃo espontÃnea, entretanto o tratamento com DAV (3, 10 e 30mg/kg, i.p.) produziu uma diminuiÃÃo significativa (p<0,05) da atividade locomotora no mesmo teste, sem alterar a coordenaÃÃo motora dos animais no teste do rota rod. O tratamento com DAV (3,10 e 30mg/kg) reduziu a latÃncia e aumentou a duraÃÃo do sono induzido por pentobarbital sÃdico, assim como aumentou o tempo de imobilidade no teste da suspensÃo da cauda. A administraÃÃo de DAV nas doses de 3, 10 e 30mg/kg induziu catalepsia nos animais e a dose de 10mg/kg foi capaz de inibir a hiperlocomoÃÃo induzida por anfetamina (5 mg/kg). Estes dados sugerem que tanto o lupeol quanto a DAV possuem um potencial efeito gastroprotetor possivelmente relacionado a um mecanismo antioxidante, ao aumento de grupos NP-SH, com participaÃÃo do NO, das PGs, dos canais de K+ATP e do cÃlcio. A DAV demonstrou alteraÃÃes comportamentais que sugerem um efeito depressor do Sistema Nervoso Central com possÃvel envolvimento da dopamina.

ASSUNTO(S)

farmacologia cenostigma macrophyllum lupeol dilactona do Ãcido valonÃico gastroproteÃÃo efeitos comportamentais cenostigma macrophyllum lupeol triterpene valoneic acid diterpene gastroprotection behavoral effects

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