Estudo da influência das crenças, conhecimentos e fontes de informação nas condutas dos cuidadores no manejo da febre na criança
AUTOR(ES)
Ana Carolina Micheletti Gomide
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
26/09/2011
RESUMO
Introdução: a febre fobia dos pais, suas preocupações e o tratamento inapropriado da febre na infância tem sido documentados a há aproximadamente duas décadas. A forma como os pais compreendem compreensão a febre, pode determinar as suas preocupações, temores e reações em relação do cuidado com a criança. Objetivo: verificar o conhecimento, crenças, fontes de informação, práticas e atitudes dos pais e cuidadores no manejo da febre na criança. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo transversal, de caráter qualitativo quantitativo. Os participantes foram recrutados nos meses de setembro de 2010 a janeiro de 2011. A população estudada foi composta por todos os pais e cuidadores que procuraram o serviço de urgência do Hospital Infantil João Paulo II, com queixa de febre ou relato de febre na criança nas últimas 72 horas. A amostra foi constituída por 286 participantes. Todos responderam a um questionário elaborado sobre manejo da febre e destes 6 pais/cuidadores foram convidados para participar de uma entrevista semi-estruturada. Os dados coletados foram tabulados e submetidos a análises uni- e bi-variadas com o auxílio do software SPSS (Statistical Package for the Social Science), versão 15.0 e STATA versão 10.0, com o intuito de elaborar o tratamento estatístico para responder as questões levantadas pela pesquisa. Resultados/Discussão: Para detectar a febre, 202 (70,5%) usam o termômetro e 84 (29,4%) utilizam a palpação das partes do corpo ou observam alguns sinais como irritação, coloração da pele ou prostração. A grande maioria dos participantes considera a febre perigosa 279 (97,6%) e apenas 80 (28%) acreditam que a febre pode trazer benefícios. Os pais e cuidadores que relataram acreditar que a febre pode provocar graves problemas de saúde em seus filhos, citaram a convulsão 201 (70,3%), sonolência 51 (17,8%), prostração 45 (15,7%), desidratação 20 (7%) e danos cerebrais 11 (3,8%), como seus principais temores. Para controle da febre 275 (96,2%) administram antitérmicos e 40 (14%) utilizam antibióticos, mas a maioria dos entrevistados desconhecem os efeitos adversos dessas medicações. Para obter informações sobre a febre os pais utilizam veículos como a internet 49 (17%), livros 24 (8%), televisão 47 (16,4%) e jornais 17 (5,9%) e também buscam informações com profissionais de saúde 155 (54%), amigos 24 (8%) e parentes 85 (29,7%). Conclusões: O medo exacerbado dos pais gera preocupações que associadas as suas concepções direcionam as condutas e práticas do manejo da febre da criança na amostra populacional estudada. A febre fobia persiste, e os pais/cuidadores demonstram sentimentos de insegurança para cuidar de uma criança febril.
ASSUNTO(S)
febre/psicologia decs febre/diagnóstico decs febre/terapia decs pais decs conhecimentos, atitudes e prática em saúde decs estudos transversais decs dissertações acadêmicas decs dissertação da faculdade de medicina da ufmg. percepção decs criança decs
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8QCNGVDocumentos Relacionados
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