Ensaios em econometria financeira

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Os modelos de otimização de carteiras baseados na análise média-variância apresentam dificuldades para estimação das matrizes de covariância, usadas no processo de otimização, o que leva a necessidade de métodos ad hoc para limitar ou suavizar as alocações eficientes recomendadas pelo modelo. Embora as carteiras obtidas por este método sejam eficientes, não é assegurado que o tracking error seja estacionário, podendo a carteira se distanciar do benchmark, exigindo frequentes recomposições. Neste artigo é empregada a metodologia de cointegração para otimização de carteiras no âmbito de duas estratégias: index tracking e estratégia long-short. A estabilidade das carteiras otimizadas através da cointegração em diferentes cenários de mercado, diminuindo custos relativos a frequentes recomposições da carteira, e níveis de retorno e volatilidade superiores aos benchmarks, mostram que a metodologia é uma ferramenta eficiente e capaz de gerar resultados robustos, se caracterizando como uma atraente ferramenta para a gestão quantitativa de recursos. Modelar a estrutura a termo da taxa de juros é extremamente importante para macroeconomistas e participantes do mercado financeiro em geral. Neste artigo é empregada a formulação de Diebold-Li para ajustar e fazer previsões da estrutura a termo da taxa de juros brasileira. São empregados dados diários referentes às taxas dos contratos de DI Futuro negociados na BM&F que apresentaram maior liquidez para o período de Janeiro de 2006 a Fevereiro de 2009. Diferentemente da maior parte da literatura sobre curva de juros para dados brasileiros, em que o modelo de Diebold- Li é estimado pelo método de dois passos, neste trabalho o modelo é colocado no formado de estado espaço, e os parâmetros são estimados simultaneamente, de forma eficiente, pelo Filtro de Kalman. Os resultados obtidos tanto para o ajuste, mas principalmente no que diz respeito à previsão, mostram que a estimação do modelo através do Filtro de Kalman é a mais adequada, gerando melhores previsões para todas as maturidades quando é considerado horizontes de previsão de um mês, três meses e seis meses. No terceiro artigo artigo nós propomos estimar o modelo dinâmico da estrutura a termo da curva de juros de Nelson e Siegel (1987) considerando duas especificações alternativas. Na primeira, nós consideramos os pesos dos fatores como variantes no tempo e tratamos a heterocedasticidade condicional via um modelo volatilidade estocática com fatores comuns. No segundo caso, consideramos um modelo onde os fatores latentes seguem individualmente processos autoregressivos com volatilidade estocástica. Os assim chamados fatores de volatilidade buscam capturar a incerteza ao longo do tempo associada ao nível, inclinação e curvatura da curva de juros. A estimação é realizada através de métodos de inferência bayesiana, por Markov Chain Monte Carlo. Os resultados mostram que os fatores de volatilidade são altamente persistentes, dando suporte ao fato estilizado de que os choques na volatilidade das taxas de juros são altamente persistentes, e também indicam que o uso de estruturas de volatilidade estocástica levam a melhores ajustes dentro da amostra para a curva de juros observada.

ASSUNTO(S)

cointegration econometria mercado financeiro index tracking long short volatilidade estimação market neutral strategy

Documentos Relacionados